sexta-feira, 30 de novembro de 2012

LIÇÃO 9 - A IGREJA PERSEGUIDA



Texto Biblico Mateus 5.11,12; Atos 8.1,3 ; 9.1,2
bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra
vós, por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas
que foram antes de vós.
E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos.
E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.
E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote
e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens, quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.
Objetivos
Após a aula seus alunos deveram reconhecer que a expansão da igreja
primitiva se deu através da perseguição, bem como entender que a
perseguição ainda continua em nossos dias
Introdução
Na lição de hoje estaremos estudando a perseguição sofrida pela igreja nos seus primeiros dias, destinada a vitoria, contudo se faz necessário vencer por meio de alguma tribulações, a perseguição é uma delas.
Contudo veremos na lição, que esta situação que parece ser mal ao principio; foi uma das razões pelas quais gerou o crescimento da igreja.
I-O crescimento da Igreja
A lição de hoje trata da perseguição da igreja, e isto esta forma plena ligado ao seu crescimento, pois embora a ordem de Jesus foi que o evangelho fosse pregado a todas as gentes e regiões; os primeiros crentes não tinham esta mesma visão.
A partir da perseguição sofrida em Jerusalém, os discípulos começaram a ser dispersados para fora de Jerusalém, assim em todos os lugares para onde iam, anunciavam a Jesus.
De uma forma abrangente, o crescimento se deu na ocasião da descida do Espírito Santo, no dia de pentecostes, com a pregação de Pedro , muitas nações puderam receber a mensagem de salvação. Pois haviam prosélitos em Jerusalém que ouviram a mensagem de Pedro .
O crescimento da igreja é algo interessante que estudarmos, afinal este propósito faz parte4 da vontade do Senhor, e tem sido almejado pelos pastores, mas porque não há um crescimento tão satisfatório nos dias de hoje? Veremos isto neste próximo texto.
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“Enquanto isso acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” (At 2.47 RA) -
...Freqüentemente nos reportamos à Igreja Primitiva como modelo e inspiração ao crescimento, a qual começou com os doze apóstolos mais os familiares de Jesus; chegou a cento e vinte pessoas no dia do pentecostes, ultrapassou os cinco mil depois da descida do Espírito Santo e da pregação de Pedro, e seguiu crescendo.
Atos dos Apóstolos não é um livro que trata do crescimento da igreja, mas que o demonstra de uma forma singular. Por isso gostaria de convidar você a olharmos juntos alguns pontos importantes nos primeiros quatro capítulos deste empolgante livro, a fim de juntos colhermos alguns pensamentos que poderão ser úteis na elaboração de uma estratégia de crescimento.
Alguém disse: “não se faz uma igreja crescer, se deixa crescer. A igreja não é uma mera sociedade, mas um organismo vivo. Há vida dentro dela e todo o organismo vivo tende a crescer. Muitas vezes não trabalhamos de forma que permita o crescimento normal da igreja e nós mesmos podemos ser o empecilho para o seu desenvolvimento. Que comportamentos especiais podemos notar no seio da igreja que se constituiriam nos fundamentos essenciais para seu crescimento?
  1. Em primeiro lugar, é importante notar a intimidade que havia no relacionamento dos líderes com Jesus (At 1.4). “Comendo com eles, determinou-lhes...” Esse contato direto e constante com Jesus faz grande diferença. Jesus não prega para eles, mas no convívio informal, na proximidade com Seus discípulos passa suas ordens. Notemos que a autoridade do lider não está na distancia dos liderados. Jesus não pediu nenhum favor. Estava junto, tinha relacionamento próximo,mas firmeza na visão. Os discípulos, embora próximos, não se consideravam especiais, mas pessoas que desejavam aprender e seguir a orientação recebida na base deste relacionamento pessoal e íntimo. O crescimento da igreja começa com a liderança. Uma liderança próxima de Jesus consegue mobilizar muitos irmãos para os mesmos propósitos.
  2. Em segundo lugar, notamos a ação clara do Espírito Santo, primeiramente nos líderes e depois em toda a congregação (At 1.5-8; 2.1-13). Jesus já lhes houvera falado claramente no final do livro de Lucas sobre a necessidade do Espírito Santo na vida e obra dos discípulos. Antes de subir ao céu fez a promessa peremptória sobre a descida do Espírito Santo e o capítulo dois descreve o derramamento abundante do poder de Deus sobre os líderes primeiro, sobre a congregação depois, a ponto de atrair muita gente, havendo assim o inicio da pregação evangélica, com muita eficácia e demonstração do poder de Deus.
  1. Um terceiro fator de singular importância no crescimento da igreja era a ênfase na mensagem evangelística. Notemos que a igreja moderna concentra mais sua pregação nas necessidades existenciais do homem como: conduta, saúde, finanças, relacionamentos, em detrimento da mensagem evangelística. O que notamos é que muitas igrejas não crescem equilibradamente. Elas engordam. Aumenta o peso mas não o tamanho, atraindo muitas pessoas para sua modalidade de atividade, mas não necessariamente para os pés de Cristo. A igreja que cresce em qualidade, cresce também em quantidade de novos convertidos. A mensagem apostólica era inspirada nas promessas de Cristo (At 2.14-21), centrada no sacrifício e na ressurreição de Jesus (At 2.24,29-36) e focalizava o arrependimento e fé (At 2.38-41). A missão da igreja é a tarefa de salvar os perdidos e não de saciá-los com gostosos alimentos.
  1. Em quarto lugar, observamos a firmeza doutrinaria (At 2.42-45). Aqui entra um fator de suma importância, que valoriza a estabilidade da igreja local. Os convertidos perseveravam na doutrina dos apóstolos e nas praticas comuns à vida da igreja. Todos reconhecemos a importância dos líderes no processo de crescimento, na condução do povo, e, como disse alguém muito propriamente, a igreja não cresce mais do que seus líderes. No entanto, devemos compreender que para haver um crescimento harmônico e equilibrado, é necessário que a igreja toda siga os princípios descritos nestes versículos: perseveravam na doutrina, na comunhão, no partir do pão e nas orações. Numa época de tanta confusão religiosa, é importante que os crentes todos sejam firmes e constantes, para não serem levados ao redor por qualquer vento de doutrina. Quando o crente não ora, não comunga, nao relaciona adequadamente com outros irmãos, não existe possibilidades de desenvolvimento espiritual do grupo. Muitas igrejas agem como um time de futebol: o time não ganha, troca o técnico. Mas muitas vezes o problema está nos atletas que não se empregam ao máximo, não exercitam, não seguem uma disciplina.
Gostaria de frisar, à guisa de conclusão, dois fatores fundamentais ainda no crescimento da primeira igreja. Um era o companheirismo entre os irmãos (At 2.46,47; 4.32). Um grupo que sente temor de Deus, que se ajuda mutuamente a ponto de não permitir que qualquer pessoa tenha necessidades não supridas, se visita constantemente demonstrando alegria, certamente o resultado é causar grande impacto na comunidade e atrair a simpatia do povo. E isso certamente faz qualquer igreja crescer. O outro aspecto vital do crescimento da igreja estava no ambiente de constante oração (At 4.23-31). Não oravam buscando proteção ou livramento, mas buscando ousadia e autoridade para falar em o nome de Jesus....
Fonte: http://www.cibi.org.br
II-A perseguição
Segundo a Wikipédia, a perseguição consiste num conjunto de ações repressivas realizadas por um grupo específico sobre outro, do qual se demarca por determinadas características religiosas, culturais, políticas ou étnicas.
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Inicialmente, os cristãos sofreram perseguições movidas pelos judeus, pelo Sinédrio (At 4.15 – ARA). Os cristãos não desanimaram diante das ameaças: “Respondendo, porém, Pedro e João lhes disseram: Julgai vos se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.19-20).
Devido à pressão da liderança judaica, (At 4.23), reuniram-se para orar: “Agora, pois, ó Senhor, olha para as ameaças e concede aos teus servos que falem com ousadia a tua palavra” (At 4.29). Os cristãos não pediram a Deus para que a perseguição cessasse, mas que lhes fosse concedida ousadia, coragem para falar, embora fossem ameaçados. A Bíblia destaca o resultado de sua oração: “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (At 4.31). Somente no poder do Espírito Santo, poderiam enfrentar as duras perseguições.
Logo, surge, o primeiro mártir, Estêvão, que estava “cheio do Espírito Santo” (At 7.55a).
Entretanto, a Igreja sofreria a mais severa perseguição movida pelos imperadores de Roma. Foram dez as principais perseguições imperiais. Os césares consideravam o Cristianismo uma ameaça a seus governos.
Os primeiros apóstolos martirizados foram Pedro e Paulo
Pedro e Paulo foram martirizados por ordem de Nero.
Quanto a Pedro, assim se expressou o Mestre: “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu re cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as tuas mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres. Disse isto para significar com que gênero de morte havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me” (Jo 21.18-19 - ARA). O texto bíblico destaca as palavras de Jesus: : “Estenderás as mãos” era menção à morte de Pedro . Essa morte haveria de glorificar a Deus. Ao ser crucificado, ele teria suas mãos estendidas. Depois, Jesus afirmou a Pedro: “Segue-me”. Estaremos dispostos a seguir o Mestre? O Juvenil está disposto a seguir Jesus? As ovelhas de Cristo O seguem (Jo 10.27).
Pedro em sua carta, destaca sobre a perseguição: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma , como se alguma cousa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegares-vos na medida em que sois participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também na revelação de sua glória vos alegreis exultando” (1Pe 4.12-13 – ARA).
OBS: Os cristãos estavam sob o fogo literal da perseguição, eram queimados nos jardins de Nero.
Ainda quanto a Pedro, ele sabia que a morte estava próxima: “Sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, como também nosso Senhor Jesus Cristo já mo tem revelado. Mas também eu procurarei , em toda a ocasião, que depois da minha morte tenhais lembrança destas coisas” (2 Pe 1. 14-15). Jesus havia revelado ao apóstolo que sua vida nesta terra estava terminando; Pedro deixou ensinos registrados nesta carta, para que os cristãos não se esquecessem deles.
Paulo também sabia que em breve estaria com o Senhor: “Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4.6-7).
Muitos pensam de forma errada, conforme conceitos humanos: ‘Deus não poderia ter livrado seus servos da morte?’ Claro que sim. Em muitas ocasiões, Pedro e Paulo obtiveram livramentos gloriosos de Deus. Entretanto, agora o Senhor desejava que, por meio da morte, Seus servos dessem testemunho do Evangelho. Eles provaram que amaram o Senhor, pois, diante da morte não desistiram. Esse testemunho calaria a boca de muitos; incentivar muitos a prosseguir a carreira cristã, traria inúmeras conversões.
Observemos as palavras de Paulo: “Segundo a minha expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora para sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho” (Fl 1.20-21). Paulo explicou que, até na sua morte, Deus seria engrandecido, louvado.
Assim no governo de Nero, morreu o “pescador de homens”, (Mt 4.19)Pedro, crucificado (67 d.c.) e Paulo decapitado (68 d. C.)
OBS: “Agora, 2000 anos já são passados; todavia a influência de Paulo excede a de todos os servos de Deus no seu reino. Os escritos dele são parte essencial das Sagradas Escrituras, e têm levado um número incontável de pessoas a fé em Cristo. Que ninguém fiel a Jesus Cristo, mesmo parecendo que tenha realizado pouca coisa para Deus, pense que a morte põe fim aos resultados de seu trabalho aqui. Deus lança mão dos nossos esforços sinceros e devotados, e os multiplica muito acima de tudo quanto poderíamos ter imaginado ou esperado. Até mesmo nossos aparentes fracassos podem ser sementes que se transformarão em colheitas abundantes a serem ceifadas por outros” – Jo 4.37-38 (Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1885, nota (2) referente a 2 Tm 4.22).
Texto: Profª Ana Maria Gomes de Abreu.
III- Estevão, o primeiro mártir
Um mártir (do grego μάρτυς, transl. martys, "testemunha") é uma pessoa que morre por sua fé religiosa, pelo simples fato de professar uma determinada religião ou por agir coerentemente com a religião que possui.
No decorrer da História porém, a palavra ganhou outros conceitos, como morrer patrioticamente pela liberdade, a independência ou a autonomia de um povo, por um ideal social ou político ou até mesmo em uma guerra.
Do ponto de vista cristão e dentro do contexto do Novo Testamento pode-se dizer que mártir é aquele que preferiu morrer a renunciar à sua fé, por defender a veracidade do que consiste "a Palavra de Deus" entregando a própria vida para este fim, para que a essência desta verdade fosse preservada.
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Estêvão, o principal dos sete diáconos, era homem de profunda piedade e grande fé. Posto que judeu de nascimento, falava a língua grega e estava familiarizado com os usos e costumes dos gregos. Achou, portanto, oportunidade de pregar o evangelho na sinagoga dos judeus gregos. Era muito ativo na causa de Cristo e com ousadia proclamava a sua fé.
Ilustrados rabinos e doutores da lei empenharam-se em discussão pública com ele, esperando confiantemente uma fácil vitória. Mas "não podiam resistir à sabedoria, e ao espírito com que falava". Não somente falava no poder do Espírito Santo, mas também era claro ser ele um estudioso das profecias, e instruído em todos os assuntos da lei. Habilmente defendia as verdades que advogava e derrotava completamente seus oponentes. Em relação a ele cumpriu-se a promessa:
"Proponde pois em vossos corações não premeditar como haveis de responder; porque Eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir nem contradizer todos quantos se vos opuserem." Luc. 21:14 e 15.

Vendo os sacerdotes e príncipes o poder que acompanhava a pregação de Estêvão, encheram-se de ódio atroz. Em vez de se renderem às provas que ele apresentava, resolveram fazer silenciar sua voz, matando-o. Em várias ocasiões haviam subornado as autoridades romanas a fim de passarem por alto casos em que os judeus tinham feito justiça pelas próprias mãos, julgando, condenando e executando prisioneiros de acordo com seu costume nacional. Os inimigos de Estêvão não tinham dúvida em poder seguir de novo o mesmo caminho sem se exporem ao perigo. Determinados a arcar com as conseqüências, agarraram Estêvão e o trouxeram perante o concílio do Sinédrio para ser julgado.

Judeus eruditos de países circunvizinhos foram convocados para o fim de refutar os argumentos do prisioneiro. Saulo de Tarso estava presente e tomou parte importante contra Estêvão. Trouxe o peso da eloqüência e a lógica dos rabis a atuarem no caso, para convencer o povo de que Estêvão estava pregando doutrinas enganadoras e perigosas; mas em Estêvão encontrou quem tinha plena compreensão dos propósitos de Deus em propagar o evangelho às outras nações.

Porque não pudessem os sacerdotes e príncipes prevalecer contra a sabedoria de Estêvão, clara e calma, decidiram fazer dele um escarmento; e, enquanto assim satisfaziam seu ódio vingativo, impediriam outros, pelo medo, de adotarem sua crença. Testemunhas foram assalariadas para depor falsamente que o ouviram proferir palavras blasfemas contra o templo e a lei. "Nós lhe ouvimos dizer", declararam essas testemunhas, "que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés deu." Atos 6:14. Quando Estêvão se colocou face a face com seus juízes, para responder à acusação de blasfêmia, um santo brilho resplandeceu em seu rosto, e "todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo". Atos 6:15. Muitos que contemplaram esta luz tremeram e velaram o rosto, mas a pertinaz incredulidade e preconceito dos príncipes não se abalaram.

Sendo interrogado quanto à verdade das acusações contra ele feitas, Estêvão começou sua defesa com voz clara, penetrante, que repercutia pelo recinto do conselho. Com palavras que mantinham a assembléia absorta, prosseguiu ele relatando a história do povo escolhido de Deus. Mostrou completo conhecimento da economia judaica, e interpretação espiritual da mesma, agora manifesta por meio de Cristo. Repetiu as palavras de Moisés que prediziam o Messias: "O Senhor vosso Deus levantará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim: a Ele ouvireis." Atos 3:22. Patenteou sua própria lealdade para com Deus e para com a fé judaica, enquanto mostrava que a lei na qual os judeus confiavam para a salvação não fora capaz de salvar Israel da idolatria. Ligava Jesus Cristo com toda a história judaica. Referiu-se à construção do templo por Salomão, e às palavras deste, bem como de Isaías: "Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: O Céu é o Meu trono, e a Terra o estrado de Meus pés. Que casa Me edificareis? diz o Senhor: ou qual é o lugar do Meu repouso? Porventura não fez a Minha mão todas estas coisas?" Atos 7:48-50.

Ao atingir Estêvão este ponto, houve um tumulto entre o povo. Quando estabeleceu conexão entre Cristo e as profecias, e falou, como fizera, a respeito do templo, o sacerdote, pretendendo estar tomado de horror, rasgou as vestes. Para Estêvão, este ato foi um sinal de que sua voz logo silenciaria para sempre. Viu a resistência que encontraram suas palavras, e compreendeu que estava a dar seu último testemunho. Embora no meio de seu sermão, concluiu-o abruptamente.

Interrompendo subitamente o relato da história que vinha seguindo, e volvendo-se a seus juízes enfurecidos, exclamou: "Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido: vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais. A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas; vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes." Atos 7:51-53.

A esta altura, sacerdotes e príncipes ficaram fora de si, de cólera. Agindo mais como feras rapinantes do que como seres humanos, precipitaram-se sobre Estêvão, rangendo os dentes. Nos rostos cruéis em redor de si, o prisioneiro leu a sua sorte; mas não vacilou. Para ele o temor da morte desaparecera. Para ele os coléricos sacerdotes e a turba irada não ofereciam terror. O quadro que diante dele estava se desvaneceu de sua vista. Para ele as portas do Céu estavam abertas, e, olhando por elas, viu a glória da corte de Deus, e Cristo, em pé como que Se havendo levantado de Seu trono precisamente então, para dar auxílio a Seu servo. Com palavras de triunfo Estêvão exclamou: "Eis que vejo os Céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus." Atos 7:56.

Descrevendo ele as gloriosas cenas que estava a contemplar, seus perseguidores não o suportaram mais. Tapando os ouvidos para não ouvir suas palavras, e dando altos brados, com fúria correram unânimes sobre ele e o expulsaram da cidade. "E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia:
Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu." Atos 7:59 e 60.

Nenhuma sentença legal fora pronunciada contra Estêvão, mas as autoridades romanas foram subornadas com grandes somas de dinheiro para não fazerem pesquisa sobre o caso.

O martírio de Estêvão produziu profunda impressão em todos os que o presenciaram. A lembrança da aprovação de Deus em sua face; suas palavras que tocaram a própria alma dos que as ouviram, permaneceram na mente dos espectadores e testificaram da verdade do que ele havia proclamado. Sua morte foi uma rude prova para a igreja, mas resultou na convicção de Saulo, que não pôde apagar de sua memória a fé e constância do mártir e a glória que lhe resplandeceu no rosto.

Na cena do julgamento e morte de Estêvão, Saulo parecera estar imbuído de um zelo frenético. Depois ficara irado com sua própria convicção íntima de que Estêvão fora honrado por Deus, ao mesmo tempo em que era desonrado pelos homens. Saulo continuou a perseguir a igreja de Deus, afligindo os seus membros, prendendo-os em suas casas e entregando-os aos sacerdotes e príncipes para prisão e morte. Seu zelo em levar avante esta perseguição aterrorizou os cristãos em Jerusalém. As autoridades romanas nenhum esforço especial fizeram para deter a cruel obra, e secretamente ajudavam os judeus, a fim de conciliá-los e assegurar seu favor.

Depois da morte de Estêvão, Saulo foi eleito membro do conselho do Sinédrio, em consideração à parte que desempenhara naquela ocasião. Durante algum tempo foi um instrumento poderoso nas mãos de Satanás para promover sua rebelião contra o Filho de Deus. Logo, porém, este implacável perseguidor deveria ser empregado em edificar a igreja que agora estava a derribar. Alguém, mais poderoso que Satanás, escolhera Saulo para tomar o lugar do martirizado Estêvão, a fim de pregar e sofrer pelo Seu nome e propagar extensamente as novas da salvação por meio de Seu sangue.
Fonte: http://www.ejesus.com.br
IV- A igreja de Cristo no mundo
No mundo inteiro, cristãos são presos, torturados e até mortos por professarem sua fé em Cristo. A Missão Portas Abertas estima que existam mais de 500 pessoas presas por causa de sua fé cristã em países como Peru, China, Vietnã, Irã, Arábia Saudita, Sudão, Egito, Turquia e Colômbia. Imagine como isso se dá na prática.
Na maioria desses países, os cristãos não podem se reunir como igreja para cultuar a Deus. Muitas vezes, as reuniões são feitas às escondidas, em locais subterrâneos ou de forma muito discreta. Em muitos casos, esses cristãos são perseguidos pela própria família, que os ameaçam de expulsão caso não neguem sua fé.
Em alguns países há liberdade religiosa, mas não se pode fazer proselitismo, ou seja, tentar convencer alguém a mudar sua crença. Assim, o evangelismo é proibido.
Não é raro ver os relatos de supostos novos convertidos ou pessoas que estão sendo evangelizadas delatarem grupos de cristãos para a polícia.
Quando isso acontece, a polícia invade o local de reuniões e faz ameaças de prisão. Se Bíblias forem encontradas, a punição pode ser ainda mais severa.
Perda da vida, família e bens materiais.
Expulsão da família e da sociedade
Queimaduras estupros e apedrejamentos
Fuga para as montanhas, fome e frio
Conclusão
O apóstolo Paulo afirmou: “E também os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2 Tm 3.12).
O sangue dos mártires tornou-se a semente da igreja. Sob o fogo da perseguição, a igreja demonstrou sua fé. Os leões não puderam apagar a força dos cristãos e o Evangelho foi divulgado, proporcionando um crescimento sem igual na Igreja cristã.
Existem muitos países que não desfrutam de liberdade religiosa, devemos clamar por eles.
Enquanto isso, nós devemos lembrar que em nosso país, o Evangelho entrou com muita oposição.
Devemos aproveitar o tempo atual para proclamar o Evangelho, pois não sabemos quanto tempo ainda teremos de liberdade.
Lembremos a fé e o vigor dos primitivos cristãos. Também devemos seguir a Cristo em todos os momentos, embora tenhamos de dar a nossa vida por Ele.
Meditemos nas palavras deste hino: “Os cristãos foram por tribunais vis julgados,/Nas prisões, inocentes, à força lançados,/E de seus bens terrestres despojados,/Mas alegres seguram o Senhor/Nas tristezas, nas lutas, na dor,/Recorriam ao caro Jesus;/A vitória lhes dava o Senhor,/Pelo sangue vertido na cruz” (2a estrofe e estribilho – hino 330 da Harpa Cristã).

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

LIÇÃO 8 - AS ORDENANÇAS DA IGREJA



Texto bíblico:  Atos 2.37-39;1 Corintios 11.23-26
Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos?
E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.
Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;
e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.

Objetivos 
Após a aula seu aluno devera  identificar os simbolismo do batismo 
e os elementos da Santa Ceia, bem como reconhecer a necessidade
de batismo para fazer parte do corpo de Cristo – a Igreja

Introdução
Na lição de hoje estaremos estudando as ordenanças da igreja.
Especificamente a Igreja possui 2 ordenanças; a palavra ordenança deriva-se  do latim “ordo”, que significa  “uma fileria”,  “uma ordem”.
Assim entendemos que a palavra ordenança está  relacionadas as cerimônias  sagradas instituídas por  mandamento; ordem de  Cristo. As duas ordenanças são:  O batismo e a Santa Ceia

I-A importância do batismo
A seriedade e importância inquestionável do batismo está claramente defendida na bíblia quando aprendemos sobre o batismo de Jesus. O filho de Deus, que se fez carne, e agora era homem, com o propósito de livrar a humanidade do pecado, estava diante de João Batista com o propósito de ser batizado.
“Então, veio Jesus da Galiléia ter com João junto do Jordão, para ser batizado por ele.
Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?
Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.” Mateus 3:13-15
O próprio João Batista, num primeiro momento, não compreendeu a importância, e disse que ele (João Batista) era quem deveria ser batizado por Jesus. Em seguida Jesus explica que a justiça deve ser cumprida. O batismo de Jesus pode ser compreendido de várias formas, ou, em outras palavras, pode-se extrair diversos valores deste ato.
Entre estes significados o maior deles é compreender a importância inquestionável do batismo para todos nós. Quando Jesus procurou João Batista para ser batizado, ele não somente deu apoio ao ministério de João Batista como também deu exemplo a todos nós de que devemos ser batizados
Fonte: http://www.comunidadeabiblia.net/teologia/estudos-biblicos

II-O significado do batismo
Para muitos o batismo em água é visto como sendo não mais do que um simples dever de todo Cristão. Para estes batizar-se, significa obedecer ao mandamento e exemplo de Jesus. De acordo com os registros bíblicos, o batismo em água era considerado de máxima importância para a Igreja Primitiva. A julgar pelo livro de Atos, era administrada logo após a conversão da pessoa. Isto era natural, porque Jesus ordenara como um dos ritos distintos da Sua Igreja. O batismo em água é um ato de obediência à ordem de Cristo para que fôssemos batizados, bem como uma declaração do intuito de sermos seus discípulos (Mat 28.19; João 15.14).
Para a maioria das pessoas, ser batizada em água significa; "ter o direito de participar da Santa Ceia", isto é verdade. Mas muitos, no entanto, precisam saber por que é que somente depois do batismo em água é que se deve participar da Santa Ceia. O  Batismo em água não é somente osímbolo da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Ainda há um profundo significado por trás disso.

Tem uma abrangência espiritual muito fundamental para a nossa salvação e, é também de caráter  sagrado (Atos 2.38; Rom 6.3; Col 2.12). O batismo em água não é em si a nossa salvação, mas tem a ver com a nossa salvação, está ligado de modo íntimo com a nossa salvação (veja 1 Pedro 3.21).
Não podemos desprezar o batismo em água a ponto de considerá-lo insignificante; se foi de máxima importância para a Igreja de Cristo, no primeiro século, e o próprio Jesus não desprezou o batismo de João, que considerou como cumprimento de toda a justiça; e como faríamos nós? Filipe ensinou o Evangelho de Cristo ao eunuco etíope e, não se esqueceu e nem menosprezou o batismo em água, ensinou a sua importância e o seu valor, de maneira que o eunuco sentiu a sua necessidade e «creu» no batismo, de modo que na primeira água que encontraram, ele não resistiu, quis batizar-se e foi batizado por Filipe (Atos 8.36,38).

O simbolismo manifesto pelo batismo é bastante profundo, e, engloba vários propósitos
a) O  batismo é um rito de iniciação; assim como a circuncisão era para os israelitas, denotando o ingresso do recém-convertido à comunidade cristã, especificamente como símbolo da nossa incorporação no Corpo de Cristo.  
b) Testemunho publico de nosso arrependimento e da conversão a Jesus Cristo:         Essa a é idéia essencial do cristianismo primitivo, assim também era essencialmente o batismo de João, Atos 2.38 mostra-nos isso. Sendo assim, o batimo é um ato de obediência, o qual visa, especificamente, mostrar ao mundo que o batizando assumiu uma nova lealdade. O compromisso feito é que agora Jesus é o Senhor de sua vida, que agora viverá para a santidade, cultivando a mentalidade espiritual, porquanto ele morreu para o mundo, a esfera de sua antiga mentalidade. Por isso é no batismo em água, perante os olhos de todos, é que demonstramos o arrependimento dos nossos pecados e do recebimento de Jesus Cristo como Nosso Salvador pessoal. É verdade que o arrependimento e a conversão precedem o batismo.
O batismo representa um arrependimento já ocorrido (Atos 2.38). O arrependimento nasce no interior da pessoa, sendo representado pelo exterior. Portanto, para batizada a pessoa precisa fazer uma profissão de fé em Cristo. Não se batiza uma pessoa que não esteja realmente convertida a Jesus Cristo (Atos 8.36-38). O Batismo Espiritual (vede) tem que preceder o Batismo em Água
c) Testemunho publico de que temos aceitado o sacrifício  eficaz de Cristo:
Batismo em água é o testemunho público de que temos crido e aceitado os atos Redentores de Nosso Senhor Jesus Cristo. O batismo é a nossa resposta positiva de tudo o que Jesus fez por nós (Jo 3.16-21,36; Ef  5.2; Tito 2.14; Heb 9.26; 1 Ped 3.18; 1 Jo 3.16). No batismo, reafirmamos a história Redentora de Jesus Cristo, testificando publicamente a sua eterna eficácia. Não se pode batizar que «não crê» no Sacrifício Eterno e Eficaz de Jesus.
É preciso verdadeiramente «crer» que o Santo Sacrifício de Cristo foi Total, Eficaz e Eterno, que assim é testificado publicamente no batismo em água (João 3.16-21,36). Não é «crendo intelectualmente», mas é «crer no íntimo», ou seja, alma da pessoa é quem deve crer, o homem essencial, somente esta crença é legítima. Quando passamos a crer dessa maneira, há uma grande mudança em nossas vidas (2 Cor 5.17). O batismo é também um testemunho externo da operação do Espírito Santo, um testemunho prestado perante aos homens de que tal pessoa é agora um seguidor de Cristo, que proclama a sua fé no Senhor Jesus e em sua graça salvadora.
d) Simboliza a nossa identificação e união com Cristo, na sua morte, sepultamento e ressurreição:
Esta é uma das principais importâncias representadas pelo batismo. O ensino de Paulo sobre a importância do batismo é bastante salientado nas suas epístolas, principalmente quando se refere a nossa identificação com Cristo. Não há como fugir desta realidade. Paulo equipara o batismo em Romanos 6, como nossa rejeição do pecado e da dedicação a Cristo. Ele disse:
«Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós em novidade de vida. Porque se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição» (Rom 6.2-5).
De acordo como os ensinamentos do apóstolo, o batismo em água simboliza profundamente, a nossa «identificação» e «união» com Cristo na Suamorte-imersão, sepultamento-submersão e ressurreição-emersão. No batismo, o recém-convertido testifica que estava em Cristo, quando Ele morreu, que foi sepultado com Ele e ressuscitou para uma nova vida nEle.
   No batismo, significa que o recém-convertido morreu para o velho modo de viver, da vida de pecado e rebeldia, para o início de uma nova vida em Cristo, mediante a redenção, chamada por Paulo de «Novidade de Vida» (Rom 6.3,4,7,10-12; Col 2.12,13; 3.8-14). Mediante a morte de Cristo, o velho homem do salvo é crucificado, e o corpo do pecado é destruído; outrossim, o crente em Cristo, no batismo, se professa  morto para o pecado e para o mundo, e o batismo é uma obrigação que é imposta a fim de se viver para a retidão. Por isso, o batismo, inclui o compromisso “vitalício” de se virar às costas ao mundo e tudo quanto é mau (Rom 6.6,11-14), e comprometer a viver uma nova vida no Espírito, que demonstre os padrões divinos da justiça (Col 2.1-17).
 No batismo temos proclamado a nossa morte ao pecado e assumido o compromisso de rejeitá-lo e, de viver uma nova vida em e para Jesus Cristo (Rom 6.3-22). Portanto, o batismo em água, é um compromisso de santidade, é o compromisso ou determinação de andar no novo caminho. É o seloque simboliza a nossa participação na morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo e, com isso, nós nos identificamos e unimos com Ele. Lembrando que este selo, somente é válido, quando ratificado pela  (Col 2.12). Nisso, os atos redentores de Cristo é simbolizado pelo batismo em água (Rom 6.4,5).

e) Símbolo da nossa regeneração:O que nos purifica realmente de todo pecado, é o precioso sangue de Jesus Cristo (1 João 1.7). Fomos comprados, remidos e justificados peloincontaminado sangue de Nosso Senhor Jesus, o verdadeiro Cordeiro Pascal (Mat 26.28; Jo 1.29; Atos 20.28; Rom 5.9; Col 1.20; Heb 9.14; 1 Ped 1.18,19; Apoc 1.5). Todavia, essa purificação interior e espiritual é simbolizada por uma lavagem ou purificação externa, isto é, pelo batismo em água (Ef 5.26; Heb 10.22). No batismo, o recém-convertido testifica que internamente está purificado; é o símbolo externo da lavagem interna;  «Levante-te,  recebe  o  batismo, e lava os teus pecados, invocando o seu nome» (Atos 22.16 – Tito 3.5). A água é o símbolo da operação do Espírito Santo.
Fonte: http://www.doutrinasbiblicas.com

III- Tipos de batismo
Está é uma questão que há diferença de opinião. Historicamente são três as formas principais de batismo: A imersão, a efusão (derramamento)e a aspersão.
  1. o batismo de aspersão, no qual a água é borrifada, ou seja, aspergida sobre o batizando;
  2. o batismo de efusão com a água sendo derramada em pequena quantidade sobre a  cabeça da pessoa
  3. e o batismo de imersão, ritual em que a água não é colocada sobre a pessoa e sim mergulhada.
De acordo com eruditos da língua grega, a palavra "batizar" significa literalmente "mergulhar" ou "imergir". Os batismos de aspersão e efusão surgiram a partir do instante em que a igreja, interpretando de forma errônea o batismo como essencial à salvação, passou a batizar enfermos com medo de que, não sendo ainda batizados, viessem morrer sem salvação. Se não poderiam ser levados às águas para o batismo, então se levaria a água até os enfermos, batizando-os por aspersão ou efusão.
O batismo por aspersão começou a ser realizado no século II, principalmente nos casos de batismos clínicos, isto é, para aquele que já estavam próximo da morte e desejavam o batismo cristão.
Evidentemente à base da definição do batismo, já mencionado, o batismo cristão é a completa imersão ou submersão em água, não um mero derramamento ou aspersão de água sobre a pessoa; os próprios exemplos bíblicos de batismos confirmam este fato.
O eunuco etíope pediu para ser batizado quando chegara a certo lugar onde havia água (Atos 8.36). «Ambos desceram à água» (Filipe e o eunuco), e depois ambos saíram da água (8.38,39). Fica subentendido, que o eunuco não foi batizado numa poça de água e nem numa pequena lagoa cuja água dava até os tornozelos, mas era um grande corpo de água, de modo que tiveram de andar para entrar e sair.
Além disso, o batismo cristão é o símbolo da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo. Isto indica a «submersão completa», enquanto, que o batismo por aspersão e por derramamento, nada tem a se identificar com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo;

IV- Pra quem é o batismo?
O batismo não poder ser administrado a uma pessoa não convertida, pois, Jesus ordenou que seus discípulos fizessem discípulos e os batizassem. Nunca os ensinou a batizarem infantes ou não convertidos (Mat 28.19). Tudo isto está bem claro em todos os exemplos bíblicos nos quais registramos abaixo:
a) Os quase três mil batizados em Pentecostes: Mostra-nos que o batismo em água seguiu-se à pregação e à conversão dos ouvintes; «Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados» (Atos 2.38, cf. v42). 
b) Os convertidos de Samaria: Foram somente batizados depois que «creram» nas palavras de Filipe que lhes pregava a Cristo, isto é, depois de convertidos (Atos 8.5-13).
c) O eunuco etíope: Após ouvir a pregação de Filipe a respeito de Jesus Cristo que, acarretou no arrependimento e conversão do eunuco, o mesmo disse a Filipe: «Eis aqui água, que impede que eu seja batizado?» (Atos 8.36). «E mandou parar o carro e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou (v. 38)»
d) Saulo de Tarso: Foi batizado após o terceiro dia da sua conversão (Atos 9.3-18).
e) Cornélio e os seus: Foram batizados somente depois de ouvirem a Palavra de Cristo e também depois do recebimento do Dom do Espírito Santo, confirmando que haviam convertidos a Jesus Cristo (Atos 10.36-48).
f) Lídia e sua casaForam batizados depois da «decisão de fé». O Senhor Jesus lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia, isto é, evangelho de Cristo (Atos 16.14, cf. vv.13,15).
g) O carcereiro de Filipos e os seus receberam  o batismo após «crerem» em Jesus Cristo (Atos 19.30-33).
h) Alguns de Éfeso: Assim que creram no Senhor Jesus é que foram batizados (Atos 19.2-5).
i) Muitos dos Coríntiosouvindo a Paulo, criam e eram batizados (Atos 18.8). 

Os exemplos que acabamos de citar, provam cabalmente de que o batismo nas águas somente poderá ser ministrado a uma pessoa realmente «convertida» a Cristo. Atualmente existe um seguimento religioso que têm por hábitos batizar pessoas sem exigir delas o arrependimento. O método sempre consiste em explorar os sentimentos das pessoas; que se batizam porque sentiram desejo, vontade, como se o batismo fosse um impulso dosentimentodo desejo e da vontade do indivíduo.
Para tal seguimento, o batismo em água está «alienado do arrependimento», da «salvação» em Jesus Cristo caracterizado mediante uma fé viva no Sacrifício Vicário de Jesus. Quem não «crê» (inclui aceitar a Jesus Cristo como Salvador pessoal e obediência contínua em Seus mandamentos) já está condenado, porquanto, não «crê no nome de Jesus Cristo» (João 3.16-21).
Por isso, batizar alguém sem exigir dele o arrependimento, que resulta na conversão e no batismo espiritual, é muita falta de responsabilidade e desconsideração para com a verdade.
 
Outra questão a ser enfocada é esta; qual é a idade mínima para o batismo? Como uma criança pequena não pode ser batizada (conforme já visto), há uma idade limite (embora haja um pouco de diferença de uma criança para outra) onde o período da inocência se acaba. Por isso, a idade propícia que se adequada com os padrões divinos, outorgada pelo Senhor Jesus é «a partir dos 12 anos» (Lc 2.42), este é o período da «maturidade».
 A partir dos 12 anos de idade o menino ou a menina pode ser batizado(a), desde que se tenha arrependido(a) de seus pecados, nascido de novo (Atos 2.38). Mesmo os filhos de pais convertidos ao Senhor Jesus Cristo (que tenham passado pela experiência do batismo), precisam também se converter ao Senhor Jesus, ao completar os 12 anos idade; para daí poderem batizar-se. Apesar de serem “santos” como ensinou Paulo (1 Cor 7.14), todavia,  isto não significa que estarão «isentos» de uma futura confissão pessoal de seus pecados, pelo contrário, a confissão dos pecados pessoais (e o abandono deles), é ato necessário para a salvação (Prov 28.13; 1 João 1.9).
Em suma; o batismo em água somente pode e deve ser administrado a pessoas que tenham realmente convertidas, que tenham recebido o batismo espiritual,  e que tenham consciência da necessidade e importância do batismo no plano salvífico. Além disso, o batismo só pode ser administrado a alguém que tenha 12 anos idade, ou mais (At 2.38; 10.48; Rom 6.3-11; Col 2.12). E assim, o batismo era administrado aos novos convertidos que podiam fazer uma «profissão inteligente de fé» no Senhor Jesus Cristo (Atos 8.36,38). Essa profissão de fé deve ser estendida a uma profissão «eterna de fidelidade» e obediência aos mandamentos de Jesus (Mat 10.22; Apoc 2.10). Por fim, não se pode batizar alguém que não esteja comprometido com a Causa de Cristo e principalmente com Cristo. Para se batizar é preciso estar «...em Cristo» (2 Cor 5.17), e não fora ou distante de Cristo. Pois o batismo está reservado a pessoas convertidas.

V- A Santa Ceia
 A instituição da Ceia do Senhor Jesus ocorreu no decorrer da Última Páscoa, celebrada por Jesus e os Seus discípulos, na noite em que Jesus foi traído. Foi instituída na sexta-feira do dia 14 de Nisã (João 13.30), antes de Sua saída para o Getsêmani, onde Jesus orou em agonia ciente do que estava por suceder (Mat 26-27). Portanto, ocorreu no mesmo dia da crucificação e morte de Jesus Cristo.   
     
Por ocasião da Última Páscoa, Jesus tomou dois dos elementos que faziam parte da Páscoa e, transforma a antiga Páscoa na Ceia do Senhor Jesus. A Páscoa judaica havia cumprido seu propósito. Pois, profeticamente ela apontava para o sacrifício de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (João 1.29). O Êxodo deu vida à nação de Israel. O sacrifício de Cristo fez nascer a Igreja, um povo proveniente de todas as nações.
  «Enquanto comiam, tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos. Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Concerto, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados» (Mat 26.26-28).

    «...Enquanto comiam...» (o cordeiro assado). Enquanto pensavam na grande libertação que Deus concedera a Israel segundo a Antiga Aliança; o Senhor Jesus providenciava a comemoração de um novo livramento, segundo a Nova Aliança, mediante o derramamento do sangue, e o sacrifício de um Cordeiro diferente. Cumpre Jesus as verdades tipificadas na Páscoa judaica, deixando-a de lado para dar lugar à Páscoa da Nova Aliança, A Ceia do Senhor Jesus Cristo, a Santa Ceia.
    «...tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu e deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo». Lucas acrescenta dizendo: «que por vós é dado; fazei isto em memória de mim» (Luc 22.19, ver também em 1 Cor 11.24). Jesus tomou um pão asmo (sem fermento) disponível na Páscoa, proferiu uma bênção, partiu-o e deu aos seus discípulos, dizendo: «...isto é o meu corpo», isto é, Jesus deu um novo significado ao rito, dizendo que o pão representava o Seu corpo. Jesus considerou a Si mesmo como o Cordeiro Pascal, oferecendo-se em sacrifício para a libertação da humanidade. Na Páscoa judaica, o pão sem fermento significava os sofrimentos dos filhos de Israel, por isso chamado de «o pão da aflição» (Dt 16.3).
Na Santa Ceia, o pão sem fermento, ilustra o sofrimento e morte de Jesus Cristo. A distribuição dos pedaços significa para que os que recebem, participação nos benefícios daquele Santo Sacrifício. Por isso, a Santa Ceia é também chamada de «comunhão» (gr koinonia), que literalmente significa «participação». Embora que Jesus na ocasião não estivesse ainda literalmente sido oferecido em sacrifício, contudo, Ele antecede o acontecimento, conscientizando assim os Seus discípulos sobre o Novo significado da Páscoa: «Fazei isto em memória de mim» (Luc 22.19). Isto comemora e renova o que Jesus fez por nós
.
    «...E, tomando o cálice, e dando graças...». Este era o terceiro cálice de vinho (isto é, vinho não-fermentado misturado com água) que se bebia na Páscoa, chamado de «o cálice da bênção» (1 Cor 10.16), porque uma benção especial era pronunciada sobre ele; era considerado o cálice principal, já que era tomado depois de comer o cordeiro (comer o cordeiro era a hora mais sublime da Ceia pascal, por isso, é que Judas não comeu o cordeiro, mas saiu antes). Assim, como Jesus abençoou o pão antes de partir, também deu graças pelo cálice, antes de distribuir aos Seus discípulos.
    «...Bebei dele todos..». A distribuição do cálice lembra-nos a «comunhão» do sangue de Cristo (1 Cor 10.16), ou seja, compartilhar dos benefícios obtidos através da Sua morte redentora. Na ocasião todos os discípulos de Jesus (exceto Judas Iscariótes) compartilharam do corpo e do sangue de Jesus Cristo, representados pelo «pão asmo» e pelo vinho».

    «...Porque isto é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança...». Na distribuição do cálice, Jesus anuncia aos Seus discípulos que uma Nova Aliança estava sendo instituída, mediante a Sua morte sacrificial, que estava sendo selada com o Seu próprio sangue, representada pelo cálice. A Aliança instituída por Cristo é chamada «Nova» porque contrasta àquela feita com Israel no monte Sinai, ao iniciar o período da Lei.
A primeira Aliança foi estabelecida pelo sangue aspergido de animais sacrificados (Heb 9.16-22). A Nova Aliança tornou-se válida, através do Sangue Imaculado de Jesus Cristo, vertido na cruz (Heb 8.6-13). A Antiga Aliança era das obras; requeria obediência a Lei (Êx 24.3-8). A Nova Aliança leva ao perdão dos pecados e à transformação da natureza humana; que permite que a Lei do Senhor Jeová seja amada e guardada (Jer 31.31-34; Rom 3.23-31).

    «...Derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados». Todos aqueles que, pela fé aceitam para si o sacrifício expiatório de Cristo, recebe o perdão dos seus pecados. «Todos»: A redenção é oferecida para «todo aquele que crê»; todos podem vir, ninguém é excluído senão àquele que assim o deseja. A religião certa, é aquela que soluciona o problema do pecado. O Verdadeiro Cristianismo é esta religião, porque o Seu fundador é Jesus Cristo, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos (1 Tim 1.15; 2.3-6).


Conclusão
Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, veio à terra para aniquilar o pecado e dar oportunidade à humanidade de obter a eterna e feliz vida no Reino dos Céus. O renascimento espiritual no homem, se inicia na fé em Jesus Cristo, no verdadeiro desejo de ser libertado do jugo do pecado e levar uma vida de acordo com a vontade de Deus. Com esse renascimento, nosso Senhor Jesus Cristo ainda nos consentiu a ressurreição dos mortos, quando Ele diz:
"Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem, viverão" (João 5:25).
Porém, somente a fé e o desejo do ser humano não são suficientes. É preciso aforça da graça, para que se realize o renascimento espiritual do indivíduo. Esta força da graça penetra a alma da pessoa, submergindo-a em água, durante o batismo.
Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu o mistério do batismo, após a Sua ressurreição dos mortos, quando Ele apareceu aos Seus discípulos e disse: "Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-as a observar todas as coisas que vos mandei..."(Mt 28:19-20). "O que crer e for batizado, será salvo; o que, porém, não crer, será condenado" (Mc 16:16).

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

LIÇÃO 7 - O PECADO NA IGREJA



Texto bíblico  Atos 5.1-4,   
                         Romanos  6.12,13
Atos 5.1-4
Mas um certo varão chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade
e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?
Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.
Romanos  6.12,13
Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;
nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.

Objetivos
Seu aluno após a aula devera identificar a mentira e decidi afastar-se
dela, bem como conhecer as formas de se afastar da impureza

 Introdução
As lições deste trimestre tem como foco o estudo sobre a  igreja, desde a sua fundação até o seu futuro com Deus, em meio a todos esses estudos, a lição 07  destaca os problemas que também existe dentro da igreja.
O pecado na igreja é o tema desta aula.

I-Cuidado com a mentira
A maneira mais pratica de definir o termo mentira é entender a mentira como sendo o oposto da verdade. Vejamos o dicionário diz que a verdade é:
Conformidade com o real; exatidão, realidade:
Coisa verdadeira ou certa:
Princípio certo:
Representação fiel de alguma
Desta forma entendermos que a mentira é o oposto disto, ou seja, não conformidade com o real, é exato, não realista, não é algo verdadeiro e certo, mas falso. Podemos ainda entender a mentira por estas formas:
a) Mentira na forma literal
Esta forma de mentira ocorre a partir do momento que as pessoas se expressão verbalmente, ou seja, através de palavras afirmando algo que é não real ou verdadeiro, isto com o intuito de enganar ou encobrir uma verdade, ou até mesmo
na intenção de fazer algum mal. Entre as praticas mais comuns a essa forma de mentira está à negação de fatos. Quantas pessoas e ate mesmo adolescentes quando questionados a respeito de algo simplesmente negam, especialmente que for algo errado.
Ou algumas vezes as pessoas omitem a verdade, mas tudo isso se torna uma
mentira, pois mesmo que cause prejuízo momentâneo é necessário em todos os
aspectos da vida falar a verdade, no Salmo 15.1,2 diz:

Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?
Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente segundo o
seu coração;
No verso 4 diz, aquele que mesmo com dano seu não muda, as vezes para não
usarmos da mentira temos prejuízos, mas sem duvida as bênçãos de Deus superam
em muito as perdas.

b) mentira na forma de farsa, ilusão
Nós atribuídos o termo de mentira não somente as expressões, mas também as
formas de enganos e farsas, ou seja, de algo que não representa a verdade, algo
que ilusório.
A exemplo disto temos a idolatria, que é uma mentira. ou seja, uma farsa.
Embruteceu-se todo homem e não tem ciência; envergonhou-se todo ourives deimagem de escultura, porque a sua imagem de fundição é mentira, e não há espírito em nenhuma delas. (Jr 51.17)
A juventude, em termos gerais, está sendo arrastada à perdição eterna pelo prazer
transitório da inclinação à droga, sexo, etc. Tudo isso não passa de uma grande
mentira; é enganoso, anormal.
A origem da mentira
De fato a mentira é uma forma mais terrível de pecado, a sua origem esta no diabo, pois ele foi o primeiro a proferir a mentira, como mencionamos acima a mentira se constitui como sendo o oposto da verdade, assim em gênesis vemos o diabo atentando ao ser humano, justamente destorcendo a verdade de Deus, ele usou palavras mentirosas para enganar a Eva e fazer com eles desobedecessem a Deus.
Mas antes disto analisando o surgimento do pecado vemos que ele surgiu no céu, através do diabo, em Jo 8.44 na parte b o Senhor afirma que ele não se firmou na verdade, pois ele o pecado surgiu no “coração do diabo” a partir do momento que ele começou a se orgulhar de si mesmo, é julgou-se superior a Deus, este pensamento era um ilusão, uma mentira, pois Deus o pai é Soberano e o Todo-Poderoso.

Na parte c o Senhor diz que ele é mentiroso e pai da mentira, e fala do que lhe é
próprio, com isto desde o jardim do Éden ele vem enganando a humanidade com
suas mentiras, distorcendo a Palavra de Deus, cegando o entendimento das pessoas afim de que elas crêem em muitos conceitos e religiões puramente mentirosas e falsas.
O diabo com seu instrumental de mentira rouba, mata e destrói o homem. Está
escrito:
"O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir" (Jo 10.10).
A mentira e a Bíblia
A bíblia esta repleta de versículos que mostram as graves conseqüências da mentira que seja no presente como no futuro.
Alem dos versículos mencionados acima, é o próprio Senhor Jesus que nos deixa
uma lição. de como agir corretamente, pois falar mentira é um mal muito comum em todos os ambientes e esferas da vida. Algumas pessoas dizem que certas mentiras são benignas, mas isto não é correto.
Toda mentira, pequena ou grande, é um instrumento do diabo, portanto é
recomendável que o crente não se comprometa com coisa alguma que possa levá-lo a mentir. Todo verdadeiro crente deve tratar tudo de uma forma positiva; na
verdade o seu falar deve ser "Sim, sim, Não, não, porque o que passa disto é de
procedência maligna" (Mt. 5:37).
Portanto, ao homem agrada, por natureza, crer na mentira; agrada-lhe praticar a
mentira e ele até mesmo amar a mentira.
Hoje em dia algumas pessoas até mesmo se divertem com a mentira, a exemplo
disto existe o dia da mentira, conhecido como o 1 de abril.
Mas contudo isto a mentira é prejuízo ao homem e, com todos os seus horrorosos
aspectos, o degenera e o leva à perdição.

O homem quando usa da mentira esta
procurando a sua própria perdição, no presente por proferir mentiras muitas pessoas perdem toda a confiança que outras pessoas tinham em si, a longo prazo padecerão pelo julgamento divino.
Devemos aborrecer a mentira, em qualquer forma que se apresente, e não nos
esquecermos que o primeiro pecado grave, pecado de morte, registrado na igreja, foi uma mentira, quando Ananias e sua esposa Safira resolveram mentir (Atos 5:1-11).

II- Apenas uma mentira
Ananias e Safira, quiseram usar sua contribuição, como um meio de promoção pessoal dentro da Igreja. Gostaram da ideia de serem destacados no meio dos irmãos, pelo valor monetário, pela quantidade de sua oferta.
Certamente, ficaram com inveja ao ver como a Igreja reagira ao receber a contribuição do irmão Barnabé, quando ele trouxe uma significativa oferta, At 4.36-37
Quiseram fazer o mesmo, para receber uma "justa homenagem", V 1,  V 2
Porém, Deus não está interessado no "valor monetário" de nossas contribuições, mas sim, em nossa motivação correta ao contribuirmos para seu Reino.
Para levarem seu plano adiante, Ananias e Safira, precisavam arranjar uma "mentirinha genial". Era uma mentira que não iria prejudicar ninguém, afinal o dinheiro que iriam dar cobriria tudo, uma vez que os "fins justificam os meios". Estavam dando uma "grande oferta" para Deus, e uma pequena mentira, não faria mal algum.
Quantos filhos de Deus têm sido vítimas de Satanás, e suas artimanhas, porque suas bocas proferem "mentirinhas", que não fazem mal a ninguém? A Palavra de Deus, nos alerta contra a mentira de uma forma severa. Sl 101:6
O Diabo é o "Pai da Mentira", ainda que o mentiroso não admita tal fato, Jo 8.44. O grande autor da mentira é Satanás, e todos aqueles que vivem na mentira, estão servindo a ele, tendo a recompensa de tê-lo como pai.
A mentira tem uma afinidade com o engano e tapeação. Ananias e Safira, quiseram enganar e tapear os apóstolos, porém um coração que age assim, é uma presa fácil de Satanás.
Por fim Ananias e Safira tiveram uma dura punição pelo seu pecado de mentira, nos dias atuais, embora não morram fisicamente, existem muitos crentes que praticam a mentira, vivem fisicamente, mas há muito estão mortos espiritualmente, separados de Cristo.

III- Não é só a mentira
Embora a lição tome por exemplo o pecado de Ananias e Safira, os quais praticaram a mentira, se faz necessário fazer menção de alguns outros pecados, a Bíblia faz menção destes pecados como estando infelizmente  presentes  na  igreja.
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As Obras da Carne (Gálatas 5:19-21
Muitos dos pecados listados aqui são semelhantes, portanto, pode ajudar em seu entendimento se os considerarmos em grupos.
Pecados de Impureza Sexual
Prostituição é um termo amplo, que descreve relações sexuais ilícitas. Sua origem, como pode ser entendida pela tradução comum, "prostituição", vem de uma palavra que descrevia "amor" que pode ser comprado e vendido, onde uma pessoa é usada e descartada. Em vez de restringir as relações sexuais como Deus tencionava (somente a um casamento legal, por toda a vida, de um homem com uma mulher, Gênesis 2:24; Hebreus 13:4), aqueles que praticam a prostituição fazem do sexo uma paixão carnal barata e vazia.

Impureza significa basicamente sujeira. Ela fala da impureza que corrompe a moralidade e a alma de uma pessoa. Ela pode ser usada para falar de impureza religiosa, mas também veio a significar corrupção moral. Esta impureza separa uma pessoa de Deus, que é puro e santo. 

Lascívia  sugere um amor ao pecado, de quem perdeu sua vergonha e imprudentemente viola a lei de Deus. É normalmente usada para falar de tal atitude para com os pecados sexuais.

Pecados de Impureza Espiritual e Religiosa
Idolatria  é, essencialmente, a adoração de uma criatura quando deveríamos adorar somente o Criador. É, assim, uma rejeição de Deus e de sua posição de autoridade e honra. Pode ser cometida na adoração a imagens (Romanos 1:19-23) ou na exaltação e na busca de coisas materiais (Mateus 6:24; Colossenses 3:5).

Feitiçaria  vem da mesma raiz que a palavra "farmácia". Ela, originalmente, se referia a drogas medicinais, e com o passar do tempo veio a ser associada com o abuso de drogas e, finalmente, com o abuso de drogas em bruxaria e feitiçaria.

Pecados Contra Outras Pessoas
As obras da carne incluem oito palavras que se referem a conflitos e divisões entre pessoas, por causa de atitudes egoístas e pecaminosas, que destroem as relações pessoais. Estes pecados têm destruído muitas amizades, famílias e igrejas, e têm que ser vencidos para se andar no Espírito
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Inimizadesé uma palavra comum para descrever a separação entre inimigos. É a mesma palavra que Paulo usou em outro lugar para falar da separação de Deus (Romanos 8:7), ou a divisão entre os judeus e os gentios que foi removida pelo sacrifício de Cristo (Efésios 2:14-16). Os cristãos têm que amar seus inimigos, e não podem imitar ao ódio do mundo (Mateus 5:43-48).

Porfias  são o comportamento que resulta da atitude de inimizade. Esta palavra descreve debates, disputas e lutas que freqüentemente ocorrem quando pessoas estão preocupadas, de modo egoísta, em proteger seus próprios interesses.

Ciúmes é uma palavra que fala do medo de perder alguma coisa, que leva a conflitos com outros e até mesmo a ressentimento e ódio a outras pessoas.

Irasé uma palavra forte que descreve a fúria e o impulso violento contra coisas ou pessoas que nos ofendem. É, freqüentemente, vista na tendência de pessoas a reagirem quando se sentem lesadas. Em contraste, Paulo disse que não temos que procurar vingança, mas devemos deixar a Deus o exercício da justiça (Romanos 12:19-21).

Discórdias descrevem as dissensões que resultam de ambições egoístas. É uma palavra política que descreve a campanha partidária pela honra e posição. Tal política não tem lugar entre os servos de Cristo. Paulo disse que a solução para tais conflitos é imitar a atitude altruísta e sacrificial de Cristo (Filipenses 2:1-8).

Dissensões  descrevem as divisões que resultam quando as pessoas satisfazem seus próprios desejos em vez de buscar agradar ao Senhor. Para evitá-las, precisamos basear nossa unidade na palavra de Deus (1 Coríntios 1:10) e no exemplo que Jesus nos deu (João 17:20-23)
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Facções são seitas ou partidos. Os primeiros três capítulos de 1 Coríntios mostram que tais seitas não deveriam existir na igreja do Senhor. Não devemos seguir as várias doutrinas humanas que dividem o mundo religioso, mas devemos nos unir a Cristo e com aqueles que o seguem fielmente.

Invejas são similares aos ciúmes. Os ciúmes resultam do temor de perder algo que alguém já tem; as invejas são o ódio e o ressentimento que uma pessoa sente quando outros prosperam.

Pecados que Demonstram Falta de Autodomínio
Bebedices ou embriaguez, é um problema que tem afligido as sociedades desde os tempos antigos. O abuso do álcool, com todos os seus feios resultados de mortes desnecessárias, lares desfeitos, esposas e filhos maltratados, etc., continua a ser uma das mais comuns obras da carne. Ela não tem lugar na vida de uma pessoa que está verdadeiramente sob o comando de Deus.

Glutonarias é uma palavra que nos recorda que o excesso, mesmo em coisas que não são inerentemente más, pode ser errado. Não é errado comer, mas comer sem se conter é errado. A pessoa que não pode recusar comida não está mostrando o autodomínio que Deus exige de nós.

E Coisas Semelhantes
Esta não é uma lista completa de todos os pecados possíveis que uma pessoa pode cometer. Paulo está simplesmente dando exemplos para ilustrar a diferença entre a pessoa que é governada pelo Espírito e aquela que é uma escrava das paixões carnais. Ele nos está desafiando a retirar estas coisas de nossas vidas para que possamos viver e andar no Espírito.
Fonte: Dennis Allan

IV-Cuidado com a impureza
Significado de Impureza segundo o dicionário;
O que há de impuro, de estranho numa coisa: impureza do ar.
Falta de limpeza, de asseio; sordidez. Coisa impura.
Fig. Impudicícia, imoralidade: viver na impureza.
pl. Tudo o que inquina a pureza de uma substância: as impurezas da água.
É evidente que biblicamente, a definição de impureza é bem mais abrangente, mas a definição;“ o que há de impuro, de estranho numa coisa” me chama a atenção,  considerando que impuro significa : Que não é puro; que está alterado por alguma mistura.
É exatamente este um contraste,  pois Deus formou a igreja para ser um povo separado, santo , de boas obras, mas quando os crentes começam a praticar essas coisas se tornam impuros, ou seja, não vivem mais uma vida de santificação.

V- Como permanecer puro
Santificação
Através de toda a Bíblia, a santificação tem sido um elemento essencial na relação entre Deus e seu povo. Esta qualidade de ser separado do pecado é uma característica fundamental da santidade de Deus, que tem que ser desenvolvida como parte do caráter de seus filhos. Depois de observar brevemente a importância da santificação através de toda a Bíblia, consideraremos as implicações de um texto desafiador na segunda carta de Paulo aos cristãos em Corinto.
Deus Quer um Povo Santo
Desde a criação, Deus quis um povo santo. Ele desejou uma comunhão especial com os homens que fossem capazes de andar com ele e falar com ele numa união especial. Mas a própria natureza de Deus estabelece limites para tal associação. Seu caráter santo não pode permitir ser contaminado pelo pecado e pela corrupção. Os homens só podem estar na sua presença se forem puros.
Adão e Eva andavam no mesmo jardim que Deus, e falavam com ele. Mas logo pecaram e perderam esta convivência especial. Foram expulsos do jardim do Éden ­separados de Deus­ o que foi a morte espiritual que Deus havia prometido como conseqüência do pecado (Gênesis 2:17; 3:23-24). Povo sem santidade não podia permanecer na presença do santo Deus.
Depois que gerações de pecadores morreram num mundo corrompido, Deus escolheu os descendentes de Abraão para serem um povo santo. Ele os separou da má influência dos senhores egípcios e preparou uma terra onde poderiam habitar livres da corrupção dos povos idólatras. Ele até mesmo lhes deu uma lei especial, que ressaltava a distinção entre o puro e o impuro. Deus explicou a necessidade da pureza deles quando lhes deu essa lei:
"Eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo. . . Eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo" (Levítico 11:44-45).
Contudo, o povo que Deus havia selecionado excepcionalmente e resgatado não permaneceu santo. Os israelitas repetidamente exibiram seu pecado aos olhos de Deus. Ele às vezes avisou que poderia entrar no meio da congregação pecaminosa e destruir o povo (Êxodo 33:5; Números 16:44-45). Por quê? Simplesmente porque não pode haver comunhão entre a santidade de Deus e a impureza do homem. O homem tem que ser purificado, ou morrerá (veja Isaías 6:1-7).
Deus ainda quer um povo santo, e providenciou, através de Cristo, o meio de purificar os pecadores para servirem-no. Os cristãos são o povo santo de Deus (1 Pedro 2:5,9). Aqueles que se dizem ser seguidores de Jesus deverão conduzir-se como um povo santificado e purificado da impureza do mundo.
A Santificação é Essencial para ter Comunhão com Deus (2 Coríntios 6:14 - 7:1)
A igreja em Corinto estava rodeada de imoralidade e falsa religião. Os cristãos eram freqüentemente tentados a voltar às más práticas do mundo. Paulo entendeu esta tentação quando lhes escreveu cartas de encorajamento.
Consideremos seu ensinamento em 2 Coríntios 6:14 - 7:1.
Paulo ensinou que o pecado não tem lugar na vida do cristão. Nos versículos 14 e 15 ele disse:
"Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?"
Encontramos nestes versículos uma lista de coisas que são totalmente opostas. Paulo não encoraja a nenhum tipo de compromisso. Ele não nos diz que um pouco de mal pode coexistir com a justiça.
Em vez disso, mostra que não pode haver nenhuma tolerância do pecado na vida de um cristão. Os cristãos pecam (1 João 1:8,10), mas temos que admitir esses erros e procurar o perdão de Deus para manter a comunhão com ele (1 João 1:9; 2:1).
Fonte:  Dennis Allan

Conclusão
Temos que amar a verdade, a qual está em nós, e estará para sempre (II João 1,2).
Procuremos praticar a verdade em nossas vidas, crer na verdade, falar a verdade e
amar a verdade.
"Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque
somos membros uns dos outros." (Ef 4.25).
Esta foi a recomendação de Paulo para os crentes, se assim o fizermos seremos
abençoados por Deus pois ele se agrada com os que vivem e amam a verdade