terça-feira, 25 de junho de 2013

No comando do Controle

LIÇÃO 13

Objetivos da lição:
Quanto possível; revisar as lições do trimestre
·         Incentivar seus alunos a exercer o pleno controle das suas vidas
·         Instruir os alunos a discernir bem, todas as coisas.

Texto em estudo: Dt 7.26
                              1 Co 6.12,13
                             1 Ts 5.21, 22

Não meterás, pois, abominação em tua casa, para que não sejas anátema, assim como ela; de todo a detestarás e de todo a abominarás, porque anátema é. (Dt 7.26).

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.
Os manjares são para o ventre, e o ventre, para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo. (1Co 6.12,13)

Examinai tudo. Retende o bem. Abstende-vos de toda aparência do mal. (1Ts 5.21,22)


Orientação didática
Estamos com a lição 13 encerrando mais um trimestre no currículo de Pré adolescentes, momento oportuno para mais uma vez fazermos uma avaliação.
Esta avaliação não diz respeito somente aos alunos, ou seja, o aprendizado, o desenvolvimento da classe, mas o próprio professor deve se avaliar; se cumpriu ou não a tarefa de mestre.

Tarefa esta que é de grande responsabilidade, tanto diante dos homens, e de Deus principalmente; diante dos homens o professor tem um compromisso com seu superintendente ou Pastor que o confiou essa função importante; diante de Deus o professor tem a responsabilidade de guiar, ou seja, de levar seus alunos a conhecer a Deus, cumprindo assim uma tarefa gloriosa.

Os sábios, pois, resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente (Dn 12.3)


Esta é a gloriosa recompensa a todos que ensinam; refulgir como as estrelas!
Mas o que é refulgir: segundo o dicionário é brilhar intensamente; resplandecer; destacar- se pela celebridade, pela glória. Os que ensinam também permanecem constantes e firmes.

Muitas vezes não recebemos o devido reconhecido por parte de alguns, mas o que importa é que o Senhor vê e atenta na sua dedicação e na ocasião certa lhe recompensará.
Que o Senhor o aperfeiçoe cada dia mais, na sua Santa e Bendita presença.


Introdução
Durante o trimestre estudamos muitas situações diferentes, a cada lição uma situação, ou melhor dizendo um embaraço, a qual sem duvida nenhuma prejudica a vida cristã, observe:

Lição 01-Está difícil vencer!
Estudamos as dificuldades e obstáculos que temos na vida cristã

Lição 02-Fazendo a diferença
Estudamos o comportamento que devemos ter diante das pessoas e do mundo

Lição 03- Amigo urso ou amigo irmão?
Estudamos sobre as escolhas das amizades

Lição 04- Que preguiça!
Estudamos a importância do trabalho e do serviço a Deus

Lição 05- Tô sem vontade!
Estudamos sobre o desanimo que as vezes nos sobrevém

Lição 06- Duvidar ? Jamais
Estudamos a confiança e esperança que devemos depositar em Deus

Lição 07- Medo de que?
Estudamos sobre a falta de coragem para vencer os obstáculos da vida

Lição 08- Sou da paz!
Estudamos a necessidade de sermos mansos e pacificadores

Lição 09- Eu quero, eu quero!
Estudamos sobre o mal que a inveja pode nos causar

Lição 10- Nada além da verdade
Estudamos as duras conseqüências da mentira

Lição 11- Quero ser rico!
Estudamos os males que o amor e desejo pela riqueza produz

Lição 12- Primeiro, eu!
Estudamos sobre o egoísmo demasiado

E finalmente a Lição 13- No comando do controle
a qual estudaremos agora.


Obs.: Diante desta listagem acima o professor pode fazer um brevíssimo resumo de cada lição,
mencionando os pontos mais importantes, para que assim o aluno tenha uma visão ampla de todo o conteúdo do trimestre.



I - No comando do controle
Ao lermos o titulo da lição temos de imediato uma idéia de redundância, isto porque ambas as palavras “comando” e “controle” parecem significar a mesma coisa, mas ao analisarmos cada uma delas verificamos que são coisas diferentes!
E dentro da proposta do trimestre que é estudar os embaraços da vida cristã, vemos na lição 13 a conclusão de tudo quanto estudamos nas lições passadas.

Então vejamos por palavra:
Segundo o dicionário “Comando” significa: Ação de comandar, posto, autoridade ou função de comandante. Direção, governo, e liderança.
Isto nos faz entender que o “comando” está ligado a uma pessoa.
Já quanto ao “Controle” o dicionário diz que é um Ato, efeito ou poder de controlar; domínio, fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, departamentos, ou sobre produtos, etc., para que tais atividades, ou produtos, não se desviem das normas preestabelecidas.
Autodomínio físico e psíquico.

Embora tenha uma forte relação com “comando” o controle nos dá uma idéia de equilíbrio mediante a observação de normas e regras, porque para haver um controle existem limites preestabelecidos por este controle.
Assim sendo, quando associamos essas duas palavras a nossa lição concluímos que:
O pré adolescente precisa ser o comandante da suas ações, observando cuidadosamente as regras e normas; para que exista um “controle” na sua vida cristã.

No inicio deste comentário afirmei que esta lição é a conclusão do trimestre, isto porque, todos esses embaraços que estudamos anteriormente devem ser combatidos e ultrapassados, mas isto só pode acontecer quando o pré adolescente se posiciona corretamente, ou seja, quando todas as suas ações de seu cotidiano estão sob o controle de Deus através do Espírito Santo, mediante a obediência a sua Palavra.


II - O comando
Como afirmamos acima, no comando existe o ato de comandar, dirigir, liderar; de uma forma ampla sabemos que Deus tem de ser o “comandante” da nossa vida, temos de permitir que a nossa vida seja inteiramente governada por Ele; como filhos de Deus temos esta responsabilidade, ou seja, fazer a sua vontade.
Mas em termos pessoais temos a permissão de Deus para decidir obedecer ou não, pois Deus mesmo sendo Senhor de tudo e de todos, nos permite escolhermos, a isto chamamos de livre arbítrio. Deus embora pudesse na condição de criador e pai não nos impõe a sua vontade, mas permiti o homem escolher. Assim devemos tomar a decisão de permitir que Deus seja de fato o comandante de nossa vida.

Quanto a nós cabe uma atitude responsável, sabemos que a nossa vida de alguma forma segue uma direção, um governo; certamente seremos abençoados se esta direção vier de Deus.
Ao longo do trimestre estudamos algumas personagens bíblicas, muitas delas fizeram escolhas ruins que por fim causou um grande prejuízo a sua vida.
Lembra de Acã no deserto, a ordem de Deus era de que não tomassem do despojo pois era maldito, aquela ordem de Deus deveria ser cumprida., pois era a direção para a vida de todos os israelitas, mas Acã achou melhor seguir a sua própria vontade, o fim foi trágico.

Todas as vezes que alguém tentou de si mesmo governar a sua vida, acabou por errar, pois a nossa natureza pecaminosa não nos permite tomar as decisões certas e certamente haverá problemas, pois ao recusar o domínio de Deus estamos abrindo uma oportunidade para que um “outro” dirija nossa vida. No mundo que estamos vivendo existe pessoas e até adolescentes que suas vidas são totalmente governada pelos vícios, pelo pecado.
Quem comanda a sua vida, você, o pecado ou Deus?
No que compete a nós devemos conduzir nossas vida de forma responsável e sabia não permitindo que ninguém e nenhuma coisa além de Deus seja o dirigente da nossa vida.



III- O controle
Quando falamos em controle também estamos falando em fiscalização, auto domínio; no que diz respeito a nossa vida, não basta apenas comandarmos com responsabilidade priorizando a vontade de Deus, é necessário tomar algumas atitudes para que este comando tenha de fato efeito. Se para que Deus tenha o comando de nossa vida é necessário permitirmos, o mesmo se dar quanto ao controle, para que de fato esse comando seja exercido, temos de nos policiar, ou seja, fiscalizar, controlar as nossas ações.

E isto significa tomar algumas atitudes preventivas. Ao longo do trimestre vimos que para cada embaraço tínhamos um conselho de Deus, assim sendo, para mantermos o controle de nossa vida temos de aceitar alguns conselhos do Senhor. Alguns destes conselhos estão descritos no “texto em estudo” desta lição, a qual veremos no tópico seguinte.
Quando falamos em controle em termo espiritual, estamos também nos referindo a “vigilância”

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. ( Mt 26.41)

Assim, advertiu o Senhor os seus discípulos, na nossa vida não podemos impedir que a tentação venha, estamos sujeitos a isso, mas temos de vigiar, para não cairmos na tentação.
Muitos de nossos problemas e embaraços advem muitas vezes da falta de vigilância, ao vermos algo ruim à frente não paramos para pensar, analisar e por fim tomarmos a atitude correta, ao contrario, acabamos por vezes não resistindo, e acabamos fazendo o que é errado e assim o resultado é desastroso.
Mais o que é vigiar?
O dicionário é claro: significa observar atentamente; velar, tomar cuidado; estar atento;
estar acordado ou atento; estar de sentinela; estar alerta; precaver-se, precatar-se, acautelar, prevenir.

Para mantermos um bom controle sobre nossa vida temos de estar vigilantes, assim poderemos discernir, comparar e enfim escolher o melhor. A nossa felicidade é uma conquista dia após dia por isso temos que ser vigilantes, escolhendo sempre o melhor, não nos deixando seduzir pelos prazeres e facilidades terrenas.
A bondade de Deus por meio do livre arbítrio nos concede a liberdade de nossos atos e ações, entretanto, devemos verificar se estes atos e ações estão de acordo com os princípios divinos.

Se realmente temos o desejo ser sermos felizes e ao mesmo tempo fazer a vontade do Senhor, temos que traçar planos corretos para alcançá-la, não podemos por nós mesmo fazer isto, mas é observando a Palavra do Senhor que tudo prospera em nossa vida.

Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. (Sl 119.9)

O que tem determinado à infelicidade de muitos é a falta de objetivos e falta de roteiro, de rumo e sobretudo, de vigilância. Se vigiarmos teremos o controle.



III - Normas do controle
Concluímos o tópico anterior mencionando o Salmo 119.9, como o jovem o adolescente pode purificar seu caminho? A resposta é clara! Observando conforme a tua Palavra.
É justamente na Palavra de Deus que encontramos as normas ou conselhos de Deus a qual devem reger este controle.
O “texto em estudo” desta lição será a nossa base, nele encontramos os princípios que nos mostra a maneira como este controle pode ser exercido, examinemos versículos a versículos:

Não meterás, pois, abominação em tua casa, para que não sejas anátema, assim como ela; de todo a detestarás e de todo a abominarás, porque anátema é. (Dt 7.26)


Se observarmos o contexto deste versículo veremos que diz respeito aos ídolos, ou seja a idolatria, Deus aqui recomenda que os israelitas não poderiam ter nenhum contato com os ídolos das nações que eles estavam vencendo, nem cobiçar a prata e o ouro, porque eram malditos, algo extremamente abominável aos olhos de Deus.
“não meterás, pois, abominação em tua casa” nos fala de aproximação, ou melhor dizendo, a ação de trazer para si o mal, como já afirmamos anteriormente estamos sujeitos a tentação, mas devemos resistir, e rejeitar todo o mal.

A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos Das armas da luz. (Rm 13.12)

Não podemos tomar a atitude de trazermos conscientemente o mal para casa, devemos nos afastar dele. Este “mal” pode ser entendido de varias formas, desde coisas materiais (revistas impróprias, más companhias, etc.) como espirituais, pois quando falamos em “casa” estamos nos referindo a nossa vida.
Aqui quatro versículos do apostolo Paulo, vejamos um por vez:

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu
não me deixarei dominar por nenhuma. (1 Co 6.12)


Certamente que a liberdade é uma marca da fé cristã, pois fomos livres do pecado, da morte e do diabo, contudo não podemos abusar desta liberdade.
Paulo escreveu este versículo aos Corintios lá alguns crentes justificavam seus pecados dizendo que Cristo já havia eliminado todos os pecados, então poderiam viver como quisessem.
Quando Paulo afirma que todas coisas são licitas, ele não está dizendo que podemos fazer tudo quanto queremos, está dizendo que temos a liberdade de examinarmos tudo, contudo sabendo que existem coisas que não nos convém porque são prejudiciais a vida espiritual, e exemplo disto vimos na lição passada, podemos desejar bens materiais, é licito, mas é inconveniente ter amor ao dinheiro.

Paulo esclarece que não devemos usar da liberdade para continuarmos fazendo o que sabemos que pé errado, embora algumas ações não sejam pecaminosas em si, porem não são apropriadas a um cristão, pois algumas podem controlar nossa vida e nos afastar de Deus.

Os manjares são para o ventre, e o ventre, para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo. (1Co 6.13)


Este versículo esta bastante relacionado a circunstância da carta aos Corintios, naquele tempo a sociedade ímpia tinha um conceito errado quanto ao tratamento dado ao corpo, pois para eles assim como o estomago era designado para os alimentos assim também os órgãos genitais era destinados as experiências sexuais, do mesmo modo como a fome era suprida pelo alimentos, o desejo sexual era suprido por varias praticas imorais.

Neste sentido Paulo escreve a fim de concerta esse conceito errôneo, pois em algumas religiões o corpo é desprezado, dão mais valor a alma; mas no cristianismo o corpo é valorizado tal como a alma e o espírito. Pois o nosso corpo é o templo do Espírito Santo e pertence a Cristo, uma conduta imoral é totalmente inconveniente ao um cristão.

Examinai tudo. Retende o bem. (1Ts 5.21)


Aqui o texto nos parece semelhante ao de Corintios, me refiro à liberdade, contudo, ao verificarmos a palavra no original grego temos uma definição melhor acerca deste “examinar”
Pois o sentido vai muito alem de simplesmente “ver”
No original a palavra tem o sentido de investigar, buscar informação, pesquisar, julgar, por a prova, e por ultimo distinguir. Por isso a segunda parte do versículo é um encaixe perfeito, pois após investigar, pesquisar etc, distinguimos então o que é bom, daí retemos apenas o bem.

Um exemplo disto são os livros escolares, o quais muitos adolescentes utilizam nas escolas seculares, a matéria em si é boa, mas quando examinamos as respostas quanto as questões da vida em especial do ser humano e sua origem, não podemos aceitar a opinião da ciência, esta parte devemos rejeitar, e reter apenas o que é bom.
Achei por bem não fazer uma menção maior sobre a TV, pois o comentarista da revista já o fez, mas a TV se encaixa nesta parte, pois muitas coisas de sua programação são inconvenientes.
Deste conteúdo devemos apenas reter o que for útil, um noticiário, por exemplo, é útil.

Abstende vos de toda aparência do mal. (1Ts 5.22)


Por fim Paulo é categórico, devemos nos abster, ou seja, nos afastar, não participar de toda aparência do mal. Existe situações na Bíblia em que Deus nos encoraja a ir em frente, avançando e vencendo obstáculos, contudo há circunstancias em que o conselho de Deus não é de enfrentar, mas fugir!!
O mesmo Paulo disse ao jovem Timóteo:

Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a {ou o amor} caridade e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor. (2Tm 2.22)


Deus sabe da estrutura do ser humano, neste caso a estratégia é fugir, se afastar, quando o Senhor Jesus incentivou a orar existia uma razão; “porque a carne é fraca” ou seja, nós temos uma forte inclinação para o pecado, e não temos força suficiente para resistirmos, se não for pela graça de Deus, assim, fugir é a melhor forma de vencer.

Então Paulo afirma, devemos nos afastar de tudo quanto nos lembre o mal, pois o mal pode nos induzir ao erro, temos de evitar ter contato com ele. Quando Paulo diz aparência do mal, se refere a uma serie de circunstâncias cotidianas, desde uma conversa com um amigo até um filme na tv, ou qualquer situação que aparentemente não exista mal, temos de ter discernimento, pois o mal não vem de forma aberta, mas oculta.


Conclusão
Amados professores, concluímos mais uma lição, bem como um trimestre, a Palavra de Deus afirma que Cristo ao ver todo o seu trabalho sua alma se alegrou, que este também possa ser o sentimento que cada mestre sinta; alegria, satisfação e animo para uma nova empreitada.
Precisamos estar firmes e decididos a continuar nesta caminhada, ensinando a Palavra, com amor, dedicação e obediência a Deus. Ele é a razão que todo esse trabalho, que sua graça, misericórdia e poder estejam plenamente disponíveis para que a sua obra seja cumprida com eficácia.
Deus o abençoe.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

PRIMEIRO, EU!

LIÇÃO 12


Objetivos da lição:
Fazer os alunos confiarem em Deus, pois Ele prove todas as necessidades
Mostrar ao aluno que ele deve ser grato a sua família pelo que esta lhe oferece.

Texto em estudo: Gn 26.1214,16
E semeou Isaque naquela mesma terra e colheu, naquele mesmo ano, cem medidas, porque o Senhor o abençoava. E engrandeceu-se o varão e ia se engrandecendo, até que se tornou mui grande; E tinha possessão de ovelhas, e possessão de vacas, e muita gente de serviço, de maneira que os filisteus o invejavam.
E todos os poços que os servos de seu pai tinham cavado nos dias de Abraão, seu pai, os filisteus entulharam e encheram de terra.
Disse também Abimeleque a Isaque: Aparta-te de nós, porque muito mais poderoso te tens feito do que nós.

Nestes versículos vemos que Deus manteve sua promessa de abençoar a Isaque, o que de fato ocorreu, mas os seus vizinhos filisteus, ao verem que tudo quanto Isaque empreendia prosperava, sentiram inveja, deste modo tentaram se livrar de Isaque.

Ao lermos os versículos anteriores vimos que Isaque gozava de uma certa paz com os filisteus, ao passo que Isaque prosperou a inveja destruiu essa relação, pois eles passaram a perseguir Isaque e lhe prejudicar entupindo os poços de água, naquela região a água era tão preciosa quanto o ouro.
Encher um poço de terra era algo como uma declaração de guerra, mas Isaque evitou varias vezes um conflito preferindo mudar de região, mas Deus era com ele.


Introdução
Durante este trimestre temos estudado lições que nos instruem acerca dos embaraços da vida cristã, sendo que ao principio abordamos problemas que surgiam exteriormente, ou seja, embaraços que vinham de fora, mas nestas ultimas lições temos estudado problemas que surgem interiormente, ou seja, em nós mesmos.

Na lição anterior tratamos sobre o desejo descontrolado pela riqueza, e suas implicações na vida cristã, nesta lição estudaremos sobre o egoísmo.
Embora o comentário da revista enfoque a inveja, achei por bem dar atenção ao egoísmo, por duas razões.

Primeiro já estudamos este assunto neste trimestre, segundo porque o egoísmo, que também é mencionado na revista, se encaixa melhor no titulo da lição; “Primeiro eu”.
Sendo assim, estudaremos como o egoísmo pode ser tornar um grande embaraço para vida cristã.


I-Egoísmo
Segundo o dicionário egoísmo é o amor excessivo ao bem próprio, sem consideração aos interesses alheios; Exclusivismo que faz o indivíduo referir tudo a si próprio

O egoísmo é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona. Neste sentido, é o antônimo de altruísmo.
Altruísmo palavra percebida muitas vezes como sinônimo de solidariedade, a palavra altruísmo foi criada em 1830 pelo filósofo francês Augusto Comte para caracterizar o conjunto das disposições humanas (individuais e coletivas) que inclinam os seres humanos a dedicarem-se aos outros.

Isto por que uma pessoa altruista é alguem que tem amor ao próximo; Pois com amor,
desprendimento e abnegação é solidario a necessidade do proximo, ele pratica a filantropia, ou seja, tem amor a todos as pessoas coletivamente. Esse conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as inclinações específica e exclusivamente individuais.

Só por este fato podemos de imediato ver que o egoismo é algo prejudicial a vida cristã, pois uma característica  do cristão é manter um bom relacionamento como o seu proximo, principalmente com a Igreja de Cristo. Pois Deus nos salvou do mundo com a intenção de fazermos um só povo, unidos pelo amor, por esta razão uma das ordenanças do Senhor é que nos amamos uns aos outros.

Assim sendo temos viver de forma altruista em relação aos irmãos; conhecendo bem esta ordenança o apostolo Paulo afirmou:

Ninguém busque o proveito próprio; antes, cada um, o que é de outrem.(1 Co 10.24)

Nisto já verificamos que uma pessoa egoista não consegue cumpri esta ordenança visto que apenas pensa em si mesma.


I.1- Egocentrismo
A Bíblia afirma que um abismo chama outro abismo (Sl 42.7) se uma pessoa é egoista e persiste nesta atitude, o seu problema pode se tornar crônico.
Pois o egoista pode ser tornar egocêntrico; enquanto egoísta ele busca apenas por seus interesses movido por inveja, ciumes e coisas semelhantes, mas ao passo que se torna uma pessoa egocentrica passa a ter a fantasia de imaginar que o mundo gira em torno de si, tomando o “eu” como referência para todas as relações e fatos.

Uma pessoa egoísta até pode não ser egocêntrica, uma vez que luta para fazer com que os fatos se amoldem a seus interesses. A pessoa egocêntrica é egoísta, no sentido de que não consegue
imaginar que não seja ela a prioridade no mundo em que vive. Alias este é o titulo da nossa lição “Primeiro eu” denota a atitude de alguem egocentrica.
No livro de Genesis encontramos um episodio na qual fica claro a atitude egoista de um homem, estamos nos referindo a Ló, sobrinho de Abraão;

E levantou Ló os seus olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes de o Senhor ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar.


Este trecho biblico se refere a contenda que houve entre Ló e seu tio Abraão; por causa do grande numero de rebanhos que possuiam eles não puderam mais conviver juntos. Ló age de maneira egoista, pois su tio Abraão lhe propõe que escolha uma direção a seguir, Ló agindo de forma egoista, como se ver no versículo acima, prioriza o seu interesse em detrimento de seu tio, até porque pela ética por ser Abraão mais velho, a ele competia fazer a escolha.

Enquanto Ló escolheu a verdes campinas Abrão teve de seguir em direção ao deserto.
Este episódio é um exemplo claro de como o egoísmo pode prejudicar a vida cristã, pois lendo mais adiante vemos como tudo terminou, as verdes campinas se tornaram cinzas, Ló perdeu tudo quanto tinha, inclusive sua esposa, sua sorte teria sido outra se tivesse permanecido habitando harmoniosamente com Abraão.



I.2- Egoísmo destrutivo
Geralmente este sentimento pecaminoso não é descrito literalmente na Bíblia, mas podemos observar situações e atitudes de personagens que agiram impulsionados pelo egoísmo, fizemos a menção de Ló no tópico anterior, assim encontramos outras passagens que nos mostram como a vida cristã é prejudicada.
A Bíblia diz em Marcos 8:36

Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?

É próprio do egoísta desejar que o mundo gire em torno de si, isto inclui adquiri bens e
benefícios, mas o versículo nos mostra que é inútil agir assim, porque o final é trágico.
A exemplo disto temos o Jovem rico (Mc 10.1722) a qual questionou o Senhor a cerca da sua salvação, quando o Senhor lhe disse que ele deveria vender tudo quanto tinha e dar aos pobres, ele se retirou triste; porque possuía muitos bens.

É evidente que o Senhor Jesus agiu desta forma não porque a sua pobreza seria uma condição para a salvação da sua alma, mas foi uma forma a revelar que o coração do jovem esta nas suas riquezas, pois o mesmo era cumpridor dos mandamentos, tão somente era apegado a riqueza.

Certamente que um sentimento egoísta também foi a razão pela qual o jovem não quis atender o mestre, ao vender seus bens teria de distribuir com os pobres o que não é próprio de alguém egoísta; a qual quer tudo para si.
O egoísmo é a causa central de muitos problemas:
A Bíblia diz em Tiago 4:3 diz:

“Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.”


Aqui se da o mesmo caso do anterior, Tiago declara que muitos não alcançam as bênçãos de Deus porque seus pedidos são egoístas, ou seja, não são para benefício coletivo; me refiro a família, a igreja, a sociedade.
O verdadeiro cristão antes de tudo é um sacerdote, ou seja, alguém que intercede pelo povo diante de Deus, mas estes referidos no versículo eram egoístas, pois não estavam pensando no próximo, mas em si mesmo, e o mais agravante era que tais pedidos se referiam a deleites, o que já denota ser algo inconveniente. Por esta razão não adquiriam diante de Deus nenhum beneficio.



I.3 - Combata o egoísmo!
Assim como o amor ao dinheiro é a raiz de muitos males, o egoísmo é o principio de muitos sentimentos pecaminosos, pois uma pessoa que só pensa em si mesma passa a praticar uma seria de pecados tão destrutivos quanto o egoísmo. De inicio não tem amor pelo próximo, uma vez que considera a si mesmo mais importante do que qualquer outra pessoa, nisto já vimos um erro, observe o mandamento:

Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. (Fl 2.3)

Aqui apostolo Paulo declara que devemos de forma humilde fazer o bem, considerando os outros superiores a nós, isto é totalmente inverso do egoísta que se considera o centro do mundo.

Seguindo a falta de amor, outras atitudes pecaminosas são praticadas pelo egoísta:
Enaltecer-se à custa dos outros;
Atribuir-se o mérito alheio Alegrar-se com o fracasso dos outros;
Ressentir-se com o genuíno sucesso alheio;
Preferir a retaliação pública à reconciliação confidencial
Aproveitar-se das pessoas por concentrar-se apenas em si mesmo, torna-se mais fácil para o egoísta prestar falso testemunho, cobiçar, invejar; tudo para conseguir o que quer! já que considera que nada lhe deva ser negado.

Quando alguém chega a este ponto a muito a sua vida cristã está mais do que prejudicada, sua salvação está em risco!
Portanto ao menor sinal deste sentimento temos de nos policiar, afim de que não caiamos neste grande abismo. Temos de nos aproximar de Deus afim de alcançamos graça, para que a humildade, o altruísmo, o amor esteja presente em nosso ser.

A Bíblia diz em Gálatas 2:20 “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivoa
na fé no filho de Deus, o qual me amou, e
se entregou a si mesmo por mim.”


A exemplo do Senhor Jesus, devemos viver de modo a amar nosso próximo, nossos irmãos em Cristo, nossa família; e assim como o Senhor se entregou por nós também devemos dispor nossa vida aos outros. Não atentando apenas para o nosso interesse, mas para o interesse de todos.

Conhecemos a (ou o amor) caridade nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. (1Jo 3.16)


O apostolo conhecia bem a profundidade deste relacionamento, por esta mesma razão João é chamado de “o apostolo do amor”; o amor de Cristo por nós foi grande ao ponto de entregar a sua vida, e assim como Ele fez devemos fazer também.
Devemos entender a frase “dar a vida pelos irmãos” como todo sentimento de amor, dedicação, interesse, preocupação com o próximo, desejando sempre o bem.

Um grande exemplo desta atitude vemos em João Batista, quando alguns discípulos vieram lhe informar que Jesus estava batizando e todos iam ter com ele. (Jo 3.26) João agiu de forma exemplar, pois declarou: Que Ele cresça e eu diminua.
Se João fosse alguém egoísta e quisesse a honra para si, jamais teria dado este grande testemunho, ao contrario, teria praticado muito das atitudes egoístas mencionadas no inicio deste tópico.


Conclusão
Quando estudamos a lição sobre as riquezas vimos que não é ruim ter desejar ter bens materiais e riquezas, até porque na Bíblia encontramos grandes homens de Deus que foram muitos ricos, o problema está justamente quando estas mesmas riquezas ocupam o lugar de Deus.
Desta forma podemos ter bens materiais, desejar sucesso em tudo quanto fazemos, contanto que seja de forma justa e de acordo com a Palavra de Deus, deste modo não podemos nos deixar levar pelo egoísmo! Pois a Palavra é totalmente contra este sentimento pecaminoso.
Ao praticarmos esse erro estamos descumprindo uma serie de ordenanças divinas, que por fim nos conduzem a completa ruína, tanto material, porque não alcançaremos nada legitimamente, e também a vida espiritual, pois corremos o risco de perdermos a salvação.
Lembramos novamente:
Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?

Segundo a vontade de Deus podemos alcançar muitas bênçãos e ao mesmo tempo alcançarmos nossa salvação.
Que Deus os abençoe.

terça-feira, 11 de junho de 2013

QUERO SER RICO!

LIÇÃO 11

Objetivos da lição:
Ensinar os alunos a diferenciar as riquezas materiais das espirituais
Ensinar a gratidão que devemos a Deus por tudo que Ele nos dá.
Obs: Os objetivos da lição mencionados não são plenamente desenvolvidos nos tópicos, eles devem servir como uma base de orientação, o professor ao longo da aula deve levar seus alunos a tirar essa conclusão.

Texto em estudo: Js 7.1, 11, 19-21
E prevaricaram os filhos de Israel no anátema; porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zerá, da tribo de Judá, tomou do anátema, e a ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel.

Israel pecou, e até transgrediram o meu concerto que lhes tinha ordenado, e até tomaram do anátema, e também furtaram, e também mentiram, e até debaixo da sua bagagem o puseram.

Então, disse Josué a Acã: Filho meu, dá, peço-te, glória ao Senhor, Deus de Israel, e faze confissão perante ele; e declara-me agora o que fizeste, não mo ocultes.

E respondeu Acã a Josué e disse: Verdadeiramente pequei contra o Senhor, Deus de Israel, e fiz assim e assim.

Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata e, uma cunha de ouro do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata, debaixo dela.

O texto mencionado acima trata-se da passagem do livro de Josué, a qual o povo Israelita sob o comando do mesmo, passa a conquistar as nações que viviam na terra de Canaã.
Este episodio se deu após a conquista maravilhosa da cidade de Jericó, os israelitas seguiram sua marcha rumo a uma pequena cidade chamada Ai, ali eles foram inicialmente derrotados, diante desta circunstancia consultaram o Senhor, a qual lhe respondeu que havia pecado entre o povo.

O pecado era de desobediência a sua ordem, pois Deus havia ordenado que das cidades conquistadas, os israelitas não poderiam tomar o despojo, ou seja, não poderiam tomar objetos, roupas, gados etc, tudo deveria ser totalmente destruído.

Mas infelizmente essa ordem não foi obedecida, pois um israelita de nome Acã tomou para si alguns objetos valiosos, certamente a cobiça pela riqueza foi uma razão forte para que ele tomasse essa decisão, a qual lhe trouxe um prejuízo enorme; a morte sua e de sua família.


Introdução
Na lição 09 deste trimestre- “Eu quero, eu quero” estudamos a respeito da cobiça aliada a inveja, esta lição que estudaremos hoje é uma seqüência do assunto, mas sobre um outro aspecto.
Nesta lição estudaremos a cobiça pelas riquezas; ao longo da lição veremos que não existe mal em ter ou desejar bens materiais e riquezas, mas tudo se torna pecado quando não é direcionado conforme a Palavra de Deus.

Pois a Bíblia nos incentiva a buscar primeiramente pelas riquezas espirituais, pois estas são eternas, as materiais são apenas passageiras. Alguns na cobiça pelas riquezas acabam por trazer sérios prejuízos a sua vida espiritual, pois quando não cometem erros graves na sua busca, ao adquirir passam a colocar sua confiança naquilo que possuem, assim desprezam a Deus.

Inicialmente entendemos que a riqueza não é má em si mesma, mas o erro começa quando colocamos ela em primeiro lugar em nossa vida, e damos mais valor as riquezas materiais do que as espirituais, deste modo desobedecemos a Deus e ficamos sujeitos a padecermos assim como Acã e sua família. É bem verdade que nos dias atuais não acontece o mesmo juízo daqueles dias, mas a Palavra de Deus afirma que quem ama as riquezas trazem para si grandes muitos males e dores.


I- Querendo sempre mais.
Nesta lição iremos tomar como exemplo, um homem chamado Acã, este era um israelita da tribo de Judá. Ele era um dos muitos hebreus que saíram do Egito rumo a terra prometida. No episódio mencionado na lição, o povo estava sob o comando de Josué, substituto de Moisés.

Eles haviam vencido maravilhosamente a cidade de Jericó, assim seguiam em frente para conquistar uma outra cidade, chamada Ai, mas foram derrotados inicialmente. Tudo isso ocorreu porque Acã cometeu um erro grave.  Por causa da sua cobiça na riqueza desobedeceu a Deus, trazendo assim um grande prejuízo ao povo de Israel e consequentemente juízo sobre sua vida e família.

A Bíblia não menciona muita coisa sobre a vida de Acã mas podemos supor que este por ser um chefe de família possuía alguns bens materiais. Mas ao deparar com a oportunidade de adquirir mais, não resistiu. Mas vendo a possibilidade de aumentar seus bens, Acã cobiçou o ouro e a prata que viu em Jericó.
Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata e, uma cunha de ouro do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata, debaixo dela. (Js 7.21)

O versículo acima é a confissão de Acã a Josué, aqui se deu o que mencionemos na lição anterior, ou seja, que uma mentira acaba sempre sendo descoberta. Acã poderia pensar que seu pecado não seria descoberto, mas quando os israelitas foram derrotados consultaram o Senhor o qual lhes revelou que havia pecado entre o povo, por fim Acã foi descoberto e não pode negar.


II- Desobedeceu a ordem de Deus
Bem antes dos israelitas conquistarem a Jericó, Josué pronuncia uma ordem divina sobre os despojos de Jericó, que os israelitas não poderiam tomar nada dos despojos, porque era anátema, ou seja, maldito, se eles tomassem alguma coisa seriam amaldiçoados.
Tão-somente guardai-vos do anátema, para que não vos metais em anátema tomando dela, e assim façais maldito {ou anátema} o arraial de Israel, e o turveis.

Mas embora existisse essa ordem expressa Acã não levou em conta, certamente por sua cobiça, como ele mesmo afirma, tomou do despojo e escondeu em sua tenda.
Embora Acã tenha cometido este erro, a sua desobediência foi vista por Deus como de toda a nação, Deus havia dado a ordem para o povo conquistar a terra de Canaã, mas tudo conforme as suas ordens e diretrizes. Nestas ordens vemos que Deus tem um propósito especifico para cada situação, no caso da cidade de Jericó nada seria tomado como despojo. No texto bíblico após este episodio em relação a cidade de Ai Deus permitiu tomar alguns bens da cidade.

Embora Acã tenha pecado sozinho a nação sofreu por seu erro:
- muitos homens foram mortos na primeira batalha contra a cidade de Ai
- os soldados temeram ir a guerra, descumprindo a vontade de Deus que era de conquistar a terra.
- Deus iria retirar a sua presença do meio do povo.
- Josué questiona a ação de Deus
- sua família é inteiramente destruída.

Todos esses males advieram da sua desobediência a ordem de Deus. Acã tomando algo que fora considerado maldito se fez também maldito e consequentemente toda a nação.
Israel pecou, e até transgrediram o meu concerto que lhes tinha ordenado, e até tomaram do anátema, e também furtaram, e também mentiram, e até debaixo da sua bagagem o puseram.
Pelo que os filhos de Israel não puderam subsistir perante os seus inimigos; viraram as costas diante dos seus inimigos, porquanto estão amaldiçoados; não serei mais convosco, se não desarraigardes o anátema do meio de vós. (Js 7.11,12)

 Neste versículo vemos a situação que o povo ficou diante de Deus, estavam amaldiçoados, desta forma Deus não poderia lhes ajudar enquanto este mal não fosse resolvido. Isto nos faz lembrar ainda uma ordem de Deus; o despojo não poderia ser tomado porque era anátema, mas a prata, o ouro e vasos de metal e ferro deveriam ser levados para o tesouro da Casa do Senhor.
Porém toda a prata, e o ouro, e os vasos de metal e de ferro são consagrados ao Senhor; irão ao tesouro do Senhor. (Js 7.19)

Aqui vemos mais uma gravidade no seu erro, pois ele alem de desobedecer uma ordem de Deus, tomou daquilo que deveria ser levado a Deus. Isto nos faz lembrar do texto de Malaquias, onde fala a respeito do Dizimo.
A ordem de Deus ali era de que o povo levassem os dízimos a Casa do Tesouro, mas o povo não estava fazendo isto, assim Deus afirmou:
Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação. (Ml 3.9)

De igual modo podemos concluir que Acã estava debaixo desta maldição, pois pegou para si aquilo que pertencia a Deus.


III- Porque ele desobedeceu?
Já afirmamos acima que certamente Acã na condição de Chefe de família não era um homem pobre ou necessitado ao ponto de recorrer a tais procedimentos, vemos isto claramente quando o texto bíblico afirma que Acã e “tudo quanto tinha” foram destruídos. (Js 7.29)

O que podemos crer que a sua cobiça pela riqueza o fez pecar contra Deus. Ele desejou ter mais do que já possuía; a isto chamamos de avareza, ou seja, um excessivo apego ou amor ao dinheiro, o que entendemos também em relação a riqueza.

Em colossenses 3.5 vemos o apostolo Paulo mencionar que avareza é idolatria, pois tudo que o homem ama mais do que o seu criador isto se torna o seu “deus”, por esta razão a bíblia condena o amor ao dinheiro. Vale lembrar como outras coisas, a riqueza em si não é má, mas o amor as riquezas sim.
Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. (1Tm 3.10)

Aqui vemos Paulo mencionando a razão do porque o amor ao dinheiro é ruim.
De inicio ele é a raiz de toda espécie de males, a destruição de Acã se iniciou desde o momento que cobiçou a riqueza vista;
Nos faz desviar da fé- Acã logo perdeu a fé em Deus e em suas ordens, a caminhada que o povo estava fazendo segundo a ordem de Deus não teve a menor importância diante de seu desejo de adquirir mais bens materiais;
Por fim causam muitas dores- algumas pessoas na vida cometem erros em relação as riquezas;algumas acabam por sofrer mas outras acabam bem pior, este foi o caso de Acã, naquele episodio Deus exigiu que o mal fosse tirado do meio do povo, infelizmente Acã e toda a sua família pagou por seu erro.

Então, Josué e todo o Israel com ele tomaram a Acã, filho de Zerá, e a prata, e a capa, e a cunha de ouro, e a seus filhos, e a suas filhas, e a seus bois, e a seus jumentos, e as suas ovelhas, e a sua tenda, e a tudo quanto tinha e levaram-nos ao vale de Acor.
E disse Josué: Por que nos turbaste? O Senhor te turbará a ti este dia. E todo o Israel o apedrejou com pedras, e os queimaram a fogo e os apedrejaram com pedras. (Js 7.24,25)

OBs: certamente poderá haver por parte de algum aluno, um questionamento sobre a severidade dos juízos de Deus, especialmente neste caso, sendo assim, se necessário for, o professor deve procurar alguém experiente neste assunto afim de que os questionamentos de seus alunos sejam plenamente respondidos.

IV- O que a bíblia diz?
A Bíblia é a nossa maior fonte de informação neste assunto, alias quando mencionamos dinheiro estamos consequentemente falando de riquezas, portanto podemos tirar da Bíblia algumas lições quanto ao dinheiro e riqueza.

1- O dinheiro não é mal em si mesmo;
Nos basta observar os dias em que estamos vivendo, tudo o quanto fazemos ou adquirimos é necessário termos e usarmos dinheiro, sem ele não podemos fazer quase nada. O próprio Senhor Jesus muitas vezes se utilizou do dinheiro.
E Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas. (Lc 8.3)
Aqui o sentido de “fazenda” é recursos e provavelmente dinheiro.
Assim entendemos que o dinheiro não é mal, mas sim o seu uso, o apostolo Paulo não afirmou:
O dinheiro é a raiz de todas espécies de males; Ele disse “o amor ao dinheiro”, este sim pode prejudicar em muito as pessoas, em muitas áreas da vida.

2- A Bíblia condena os avarentos
A Bíblia condena o amor ao dinheiro, isto porque a avareza é reputada como idolatria, alguém que ama o dinheiro e se apega excessivamente as riquezas mais do que a Deus, passa a confiar nas riquezas e desprezar a Deus.
Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. (Mt 6.24)
Neste texto vemos que é impossível alguém servir a dois senhores, ou seja, alguém que ama as riquezas certamente desprezará a Deus, aqui a palavra Mamom significa riquezas.
Tal é a condenação aos avarentos que a Bíblia é clara ao declarar:
Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicador, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus. (Ef 5.5)

3- Riqueza e pobreza
Inicialmente a Bíblia afirma que o homem não se completa pelos bens que possui, de modo que não devemos ir de um extremo ao outro, porque embora a visão do mundo é comum ter riquezas, vemos que as riquezas e a bênção não estão necessariamente ligadas. Na Bíblia, muitas pessoas que serviram fielmente a Deus eram pobres em termos materiais. O maior exemplo disto foi o próprio Senhor Jesus, que foi pobre materialmente.
E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. (Lc 9.58)

De outro lado houve homens de Deus riquíssimos como Abraão, Jó, José do Egito, Jacó e outros, estes souberam lidar bem com a riqueza, simplesmente não colocaram seus corações naquilo que possuíam. A Bíblia nos mostra que a riqueza é uma benção de Deus desde que ela seja adquirida de forma legitima e honesta de modo a não visar somente os deleites humanos.

4- A Bíblia nos mostra a nossa atitude em relação as riquezas.
- Embora não haja uma condenação quanto dinheiro e riqueza, a Bíblia nos adverte quanto ao mau uso dos mesmos.
Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. (1Tm 6.9)
Aqui se inicia o perigo, aqueles que são pobres desejam ter algo a mais, é neste momento que seu relacionamento com a riqueza desejada é definida, este certamente foi o caso de Acã. Ele se sentiu tentado por aqueles objetos valiosos, o resultado? Perdição e ruína.

-Um outro aspecto negativo se dá quando já se possui riquezas; algumas pessoas colocam sua esperança e confiança nas riquezas.
Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;
(1Tm 6.17)
O caso mais terrível mencionado na Bíblia, foi o caso do jovem rico, este não quis deixar suas riquezas para alcançar a salvação de sua alma, é evidente que a sua salvação não estava condicionada ao fato de ser rico ou pobre, mas sim ao fato de que seu coração estava posto nas suas riquezas, infelizmente ele preferiu servir a Mamom do que ao Senhor Jesus.
 Por esta razão o Senhor nos adverte:
 Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam.
 Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. (Mt 6.19-21)


Conclusão

Certamente o desejo de possuir riqueza e uma vida melhor não é má, apenas devemos observar alguns princípios contidos na Palavra de Deus, afim de não entrarmos por um caminho errado.
Pois a riqueza pode ser uma benção, mas desde que seja adquirida legitimamente, de forma honesta, sem prejudicar ninguém e nem por meios escusos.

Se Deus assim nos conceder riquezas, fiquemos contentes com isto, e conforme a sua Palavra; gozemos dos bens dado abundantemente por ele. Lembrando sempre de cumprir com as nossas obrigações diante dele.
Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; (Pv 3.9)
Honrar a Senhor aqui não se trata apenas de pagar o dizimo e oferta na igreja, vai mais além, devemos ajudar ao nosso próximo, participar da assistência social.

Mas se esta não for a sua vontade devemos tomar uma atitude mais equilibrada.
Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra:
Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada;
Para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus. (Pv 30.7-9)

Devemos pedir a Deus conforme a oração do Pai Nosso, “o nosso pão de cada dia, nos daí hoje”certamente por sua vontade e sabedoria Ele nos concederá conforme a nossa necessidade, pois devemos estar sempre satisfeitos e gratos com a sua vontade sobre nossa vida.

Que Deus os abençoe.