quarta-feira, 31 de julho de 2013

O ARREPENDIMENTO PRODUZ VIDA

LIÇÃO 5
 Disse Jesus: Por isso, vos disse que morrereis em vossos  pecados, porque, se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados. ( Jo 8.24) 

O arrependimento é o primeiro passo no plano da salvação, através do arrependimento temos a oportunidade para uma nova vida em Cristo Jesus.
Texto em estudo: 
Isaias 1.16,17
Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos e cessai de fazer mal. Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.

* No versículo acima Deus, por meio do profeta Isaias chama o povo ao arrependimento, pois Deus estava ciente de tudo de errado que o povo cometia, e isto não lhe agradara. O povo deveria se arrepender; abandonar as praticas erradas e fazer o que era justo para com Deus e para com o próximo, neste período Israel passava por uma época de calamidade espiritual e Deus os chama ao arrependimento.

Ezequiel 33.18,19
Desviando-se o justo da sua justiça e praticando iniqüidade, morrerá nela.
E, convertendo-se o ímpio da sua impiedade e fazendo juízo e justiça, ele viverá por isto mesmo.

* A Bíblia afirma que Deus não tem prazer na morte do ímpio, antes, que ele se arrependa, é neste aspecto que Deus fala mais uma vez por meio de Ezequiel, que se o ímpio se arrepender e praticar a justiça terá vida. O arrependimento aqui significa mudança total de atitude, abandonar a injustiça e praticar a retidão.

Mt 4.17
Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.

* O texto mostra o inicio do ministério de Jesus, sua pregação inicial era chamar os homens ao arrependimento, o versículo nos faz pensar em dois aspectos;
a) Desde então começou Jesus a pregar: certamente isto no indica que algo aconteceu antes, porém isto veremos no tópico seguinte.
b) Porque é chegado o Reino dos céus: A mensagem do Senhor não era apenas em chamar os pecadores a se arrepender para mudar de vida, mas anunciar que Deus estava por restaurar todas as coisas, a principio era reconciliar a homem consigo mesmo, afim de manifestar todos os seus propósitos para com a humanidade.

Objetivos da lição
Os alunos deveram:
Entender o que significa arrependimento
Entender as mudanças que ocorrem na vida do homem após o arrependimento anunciado por Jesus Cristo.

Introdução
A lição 5 é uma continuidade da lição anterior, a qual estudamos o caminho que Jesus, morrendo na cruz do calvário, nos abriu. O Senhor se sacrificou para nós pudéssemos reatar a comunhão com Deus, de outra forma estaríamos perdidos para sempre. Pois esta obra somente Ele poderia realizar.

Na lição 5 estudaremos o que cabe ao homem fazer, sendo que o primeiro passo no plano da salvação é justamente arrepender-se de seus pecados. Esta que foi a principal mensagem do Senhor; Arrependei-vos porque é chegado o Reino do céus. Mas antes de iniciarmos, definamos a palavra arrependimento.

Segundo o dicionário arrependimento é o Ato ou efeito de arrepender-se, compunção, contrição
Logo arrepender-se significa: Sentir mágoa ou pesar por faltas ou erros cometidos, Mudar de atitude, de procedimento, de parecer; voltar atrás em  relação a compromisso assumido:

Desta forma conforme a promessa de Deus, veio Jesus anunciando o Reino de Deus, tendo por primeiramente o objetivo de chamar o homem ao arrependimento.
Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento (Mt 9.13)

Embora o pecado tenha causado muitos males e dores ao homem, a humanidade num todo havia se corrompido e muitos não tinham consciência da vida espiritual, isto era o que acontecia com a multidão que impedia Zaqueu de ver quem era Jesus, assim existem muitas pessoas que vivem no pecado, por vezes sofrendo, mas com tudo se acostumam, ou não tem nenhum desejo de buscar a Deus.

Mas adoremos ao Senhor, que com seu muito amor enviou seu filho para buscar o que estavam perdidos:
Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19.10).

I- O Mensageiro
Em outra lição afirmamos que o Senhor Jesus cumpriu tudo quanto estava escrito acerca dele, isto porque desde a promessa no jardim do Éden, Deus foi revelando através dos séculos o plano da salvação, desta forma muitos profetas escreveram sobre o advento do Messias, entre os quais Isaias é o principal, profeta que é conhecido como profeta messiânico.
Isaias profetizou acerca de Jesus: Isaías 7.14  Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel. Isto nós vimos claramente se cumprir na vida de Jesus. O mesmo profeta profetizou acerca de um mensageiro especial que viria no propósito de preparar o caminho do Senhor.
Isaías 40:3  Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.

Isaias havia profetizado a respeito de João batista, segundo a carne era primo de Jesus, João teve uma grande obra a realizar, preparar o caminho para o Salvador. A mensagem de João Batista foi de grande importância, o Senhor Jesus mas adiante afirma que dos nascidos de mulher não havia alguém maior do que João, isto não foi pelo tempo de ministério, e nem por algum milagre que João tenha feito, alias, ele não realizou nenhum;  A gloria estava no fato de anunciar a vinda do Messias. O próprio João sabia da sua missão:
João 1.23 Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.

Havia muitas pessoas que esperavam pela promessa de Deus, assim que surgiu João pregando o arrependimento muitos pensavam ser ele o Messias, mas num exemplo de humildade João reconheceu que toda gloria era devida somente a Jesus.
João respondeu-lhes, dizendo: Eu batizo com água, mas, no meio de vós, está um a quem vós não conheceis. Este é aquele que vem após mim, que foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar as correias das sandálias.Jo 1.26,27

II- O Salvador
Foi a partir da pregação de João Batista que o Senhor Jesus foi manifestado ao povo de Israel, a Bíblia afirma que Jesus veio ate João para ser batizado. O batismo realizado por João era uma forma de demonstrar o arrependimento das pessoas, eles ouviam João e se batizavam.
Então, ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao Jordão e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados. ( Mt 3.5,6)

É evidente que Jesus não tinha pecado, mas veio até João para que assim se cumpri-se a vontade de Deus, pois quando João o viu logo afirmou: Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.  Naquele momento algo maravilhoso aconteceu.
E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o
Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. (Mt 3.16,17)

Ao afirmar que Jesus era o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, João estava declarando que o Senhor Jesus era o messias prometido.
A partir daquele momento podemos concluir que se inicia o ministério do Senhor, em seguida foi levado ao deserto para ser tentado. 

Mas adiante vemos que o escritor aos Hebreus afirmar que Jesus foi tentado em tudo porém sem pecado, toda esta obra foi em nosso favor, como homem o Senhor passou pelas mesmas situações e aflições que passamos, a sua substituição foi perfeita em todos os aspectos, pois o castigo, a condenação, que deveríamos receber Ele recebeu em nosso lugar.
Isto demonstra o grande amor de Deus para conosco, pois enviou seu filho como o Salvador da humanidade, na Bíblia encontramos algumas razões pela qual Deus enviou seu filho:
a) Deus nos enviou Jesus para nos mostrar como Ele é:
O Filho do seu amor: O qual é imagem (representação perfeita) do Deus invisível (Cl 1.13b, 15)
O resplendor da Sua (de Deus) glória, e a expressa (perfeita) imagem da Sua pessoa (Hb 1.3)
Cristo, que é a imagem de Deus (2Co 4.4b)

b) Através de Jesus, podemos conhecer e entender Deus:
Se vós Me conhecêsseis a Mim, também conheceríeis a Meu Pai (Jo 8.19)
Quem me vê a Mim vê o Pai  (Jo 12.45, 14.7-9)

c) Deus nos mostra o Seu amor ao mandar Jesus à Terra
Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho unigênito... (Jo 3.16)
Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo (veio ao mundo) morreu por nós (Rm 5.8)
Deus enviou Seu Filho unigênito ao mundo, para que por Ele vivamos (1 Jo 4.9)

d) Jesus nos mostrou o amor de Deus quando morreu por nós:
Eu sou o bom Pastor, o bom Pastor dá a Sua vida pelas ovelhas (Jo 10.11)
Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos ( Jo 15.13)

e) A morte de Jesus pagou o preço dos nossos pecados, e se crermos n`Ele,
recebemos de Deus a salvação:
Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores (1Tm 1.15)
O Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido ( Lc 19.10)
Fomos reconciliados com Deus pela a morte de Seu Filho (Rm 5.10)
Ele se manifestou para tirar os nossos pecados (1 Jo 3.5)
O Pai enviou o Seu Filho para Salvador do mundo (1 Jo 4.14

III- A mensagem
Já mencionei que o profeta Isaias foi quem mais profetizou sobre Messias, no seu livro encontramos uma síntese da missão de Jesus.
O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos;
A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;
A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado (Is 61.1-3)

Esta foi a síntese da missão do Senhor na terra, restaurar por completo a humanidade, mas para tanto o homem também tinha de cumprir a sua parte, ou seja, deveriam crer no evangelho, o evangelho significa boas novas, sendo que a mensagem principal de Jesus era chamar os pecadores ao arrependimento, pois somente se arrependendo o homem pode crer e aceitar a mensagem de Cristo.

IV- O convite de Jesus
O convite de Jesus não foi apenas para aqueles dias, mas ate hoje o Senhor continua a anunciar e chamar os homens ao arrependimento.
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo. (Ap 3.20)

Deus enviou seu filho por causa do amor pelo ser humano, amor tão grande que até respeita o seu livre arbítrio, todos tem o direito de fazer sua escolha, atender ou não este chamado; o versículo acima mostra bem isto, o Senhor bate, Ele espera que abramos a porta, ou seja, que abrimos o nosso coração, pois ele é a porta da qual tudo entra na nossa vida.

Quando o Senhor entra em nossa vida o mesmo que ocorreu com Zaqueu, ele recebendo o Senhor na sua casa se arrependeu de todos os seus pecados, procurou fazer o que erra certo e justo, assim sua alma foi salva.
Devemos aceitar o chamado do Senhor Jesus por que:
a) Ele é o único caminho para Deus:
O Cordeiro de Deus, que tira a pecado do mundo (Jo 1.29)
Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim (Jo 14.6)
Em nenhum outro há salvação, porque nenhum outro nome há...
pelo qual devamos ser salvos (At 4.12)
Um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo (1 Tm 2.5)

b) O Senhor tem o poder de nos dar a vida eterna:
N`Ele estava a vida, e a vida era a luz dos homens (Jo 1.4)
Aquele que crê em Mim tem a vida eterna (Jo 6.47)
Dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer (Jo 10.28)
Eu sou a ressurreição, e a vida (Jo 11.25)
O dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus (Rm 6.23)

Conclusão
Concluímos nossa lição afirmando que embora alguns adolescentes já tenham aceitado a Jesus como seu Salvador, todos os dias temos de nos arrepender, uma falta cometida, uma palavra mal colocada, uma discussão com os pais, nas pequenas coisas temos de nos arrepender, e pedir para Deus nos ajudar a não fazer errado.

Quando não arrependermos dessas pequenas coisas estamos rejeitando o Senhor, é como alguém que abandona a fé, desiste de tudo e volta ao pecado, o livro de Hebreus diz que uma pessoa que age desta forma está crucificando o filho de Deus novamente, portanto não rejeitemos a mensagem do Senhor.
Se assim o fazermos certamente sofreremos, observe:
Aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece (Jo 3.36b)
Quem não crê (em Jesus) já está condenado (Jo 3.18)
Se não crerdes que Eu sou, morrereis em vossos pecados (Jo 8.24)
Quem não tem o Filho de Deus não tem a vida (1 Jo 5.12b)
Sejamos, portanto fieis ao Senhor
Que Deus os abençoe.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

NOVO CAMINHO PARA DEUS

LIÇÃO 4 


Objetivos da lição
Incentivar os alunos a renunciarem a tudo que impede nossa comunhão com o Senhor.
Compreender que Deus não faz acepção de pessoas e ama a todas independente de seu passado.

Texto em Estudo:  Lc 19.1-9
Entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade.
Eis que um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico,
procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura.
Então, correndo adiante, subiu a uma figueira brava a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar.
Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa.
Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria.
Todos os que viram isto murmuravam, dizendo que ele se hospedara com homem pecador.
Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.
Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão.

Os versículos acima descrevem a conversão de Zaqueu um publicano, ou seja, cobrador de impostos. Para financiar o seu império mundial os romanos arrecadavam de todas as nações sob seu domínio, grandes quantias de dinheiro em forma de impostos.
Os judeus se opunham aos pagamentos dessas taxas, porem eram obrigados a pagar;
Os cobradores de impostos, como Zaqueu, estavam entre as pessoas mais impopulares de Israel
Embora judeus de nascimento, eles escolheram trabalhar para Roma; sendo assim considerados traidores de Israel.

Também era conhecido de todos que os publicanos enriqueciam por meio de extorsões de seus compatriotas, por esta razão alguns murmuraram contra Jesus por Ele ter ido a casa de um publiacano; mas apesar de Zaqueu ser um trapaceiro e renegado o Senhor o amou, em resposta disto Zaqueu se converteu ao Senhor.
( Bíblia de Aplicação Pessoal,  p 1.391 ).


Introdução
Nós estudaremos hoje a lição “Um novo caminho para Deus”para tanto, tomaremos, por exemplo, a experiência vivida por Zaqueu, um publicano pecador e rejeitado pela sociedade, porem desejoso de saber quem era Jesus.

A lição discorre acerca do novo caminho encontrado por Zaqueu, caminho este que o levou a salvação. Porém achei por bem escrever sobre “caminho” lembrando a celebre frase do Senhor:
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.
Ninguém vem ao Pai senão por mim. (Jo 14.6)

Este versiculo foi uma resposta aos seus discípulos; o Senhor havia afirmado que iria para o Pai, mas voltaria para leva-los para si mesmo, em seguida disse que os discípulos sabiam para onde iria e o caminho, mas Tomé disse que não sabiam para onde o Senhor iria, como saberiam o caminho?

Diante disto o Senhor lhes responde: Ele mesmo é o caminho.



É evidente que aqui há uma simbologia, pois Tomé poderia apenas estar supondo um caminho material, algo como uma estrada, mas o Senhor estava se referindo a algo espiritual.
A Bíblia afirma que Jesus nos abriu um caminho em direção a Deus:
Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus,
Pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, (Hb 10.19,20)

O texto acima faz referencia a obra de Cristo na cruz, por meio da sua morte o homem pode voltar a ter comunhão com Deus, isto nós podemos entender bem quando analisamos o aspecto cerimonial da adoração a Deus. No Antigo Testamento as pessoas não podiam ir diretamente a presença de Deus, os sacerdotes eram os únicos que podiam entrar na presença de Deus, assim mesmo de forma indireta, pois no templo havia dois lugares distintos; o Santíssimo lugar e o Santo dos Santos, eles eram separados por uma espécie de véu, no ultimo lugar estava a arca da aliança a qual representava a presença de Deus, ali uma vez por ano o sumo sacerdote entrava para oferecer sacrifícios pelo povo.

 A Bíblia afirma que quando Cristo morreu na cruz o véu do templo se rasgou de alto a baixo, isto foi um símbolo de que agora não haveria mais véu de separação, o homem poderia ir até a presença de Deus. Por isso o escritor aos Hebreus incentiva os cristãos a irem com confiança a presença de Deus. (Hb 10.19-22)

Quando verificamos no dicionário a palavra caminho encontramos: Faixa de terreno destinada ao trânsito de um para outro ponto; estrada, vereda, via, trilho, direção, rumo, destino.
Desta forma entendemos que Jesus como “caminho”significa que Ele é o meio pelo qual nós poderemos chegar a Deus. Além disto temos de lembrar que Ele declarou “ninguém vem ao Pai se não for por mim” desta forma vemos que Jesus é o único caminho, infelizmente há muitas pessoas seguindo outros “caminhos” embora algumas religiões digam que todos caminhos levam a Deus a verdade é bem diferente disto, apenas um caminho leva a Deus; Jesus.

No plano da salvação, a revelação final era Cristo, o Salvador prometido no Jardim do Éden, Jesus vindo ao mundo realizou a obra da redenção humana, e em tudo se deu como exemplo até a vitória final; a sua vida, ministério, morte e ressurreição em conjunto representa o processo da salvação, pois Ele mesmo não tendo pecado  assumiu toda a culpa de nossas transgressões  por fim recebeu de Deus Pai a glorificação, deste modo devemos entender este processo como um “caminho” a seguir.
Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas, (1 Pe 2.21)

Este caminho começa quando aceitamos a Cristo como nosso Salvador e fazemos confissão de que vamos andar seguindo os seus passos, conforme a sua doutrina, observando os seus mandamentos, permanecendo fieis até chegarmos ao céu, quer seja por ocasião do arrebatamento da Igreja ou pela chamada de Jesus para o descanso eterno.


I- Vivendo no caminho errado
Quando o Senhor afirmou “ninguém vem ao Pai se não for por mim” estava demonstrando que Ele é o único caminho que conduz a Deus. Nos dias em que vivemos o homem afastado de Deus e em trevas espirituais criou muitos caminhos na intenção de chegar a Deus, mas são caminhos tortuosos que não conduzem a Deus mas sim o afastam dele. Estes caminhos são divulgados por meio de muitas religiões que pregam um falso caminho.

Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; (Mt 7.13)
Este versículo foi mencionado pelo Senhor Jesus, Ele sabendo da situação do homem associou a vida dos pecadores como um caminho de perdição, pois esta é a situação da humanidade, ela anda por um caminho de destruição e perdição, pois separados de Deus e sem salvação estão destinados a condenação por seus pecados.
Há caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte. (Pv 16.25)

Assim também vivia Zaqueu, sendo que o caminho que ele havia escolhido para andar era duplamente difícil, inicialmente como os demais homens era um pecador, além disto a sua profissão o fazia um homem indigno entre a sociedade, diante disto podemos afirmar que Zaqueu andava a passos largos neste caminho de destruição e morte, pois seus atos o faziam merecedor disto.

No comentário do texto em estudo nos referimos a má ação dos cobradores de impostos, porém Zaqueu tinha algo de diferente, embora sua vida não era a mais correta, ele tendo noticias de que Jesus iria passar por aquele lugar desejava conhecer quem era Jesus, porém a multidão o impedia.

Nesta passagem há uma simbologia muito importante da qual extraímos muitas lições praticas para nossa vida:
a) Zaqueu pecador desejava ver quem era Jesus: 
Embora o pecador viva um caminho que o conduz a perdição, este caminho é muitas vezes de dor e sofrimento, por isso existe uma necessidade interior de se voltar a Deus, mesmo que muitos não entendam e nem conseguem buscar a Deus, mas Zaqueu ao procurar saber quem era Jesus demonstra a sua busca por algum diferente do que ele estava vivendo. Certamente a fama de Jesus já tinha chegado aos seus ouvidos.

b) A multidão o impedia;
Certamente por ser rejeitado e também de baixa estatura Zaqueu teve problemas para ver quem era Jesus. Em varias passagens bíblicas nós vemos as multidões seguindo a Jesus, porem essas multidões representa pessoas que apenas seguem Jesus por algum interesse e não por fé e amor, alias certa ocasião o Senhor disse as multidões que eles estavam o seguindo apenas porque tinham comido pão e se saciado, mas que eles deveriam buscar não apenas a comida que perece mas a comida que permanece para vida eterna.
Assim acontece com muitas pessoas que apenas fazem parte desta multidão, não seguem o Senhor por amor, por ser Ele o filho de Deus, mas apenas para obter vantagens pessoais, ainda por cima agindo assim impedem que pessoas sinceras como Zaqueu veja quem é Jesus.
Zaqueu mesmo sendo um pecador desejou saber quem era Jesus.

c) Zaqueu sobe numa figueira brava:
Nesta atitude Zaqueu demonstrou a sua fé, pois sendo impedido pela multidão não desistiu, mas procurou um meio pelo qual o seu propósito seria alcançado. Subir naquela arvore não foi nada fácil, principalmente pelo fato que era uma figueira brava e ele teve de se esforçar muito, fazer realmente um sacrifício; isto nos deixa o exemplo de que algumas vezes para vermos Jesus é necessário sacrificarmos, irmos além das nossas forças, se Zaqueu não persistisse certamente a multidão jamais o deixai ter visto o Senhor. Mas o seu esforço teve uma recompensa.


II- O convite
Zaqueu se aproximou da multidão com o objetivo de ver o mestre, diante da dificuldade imposta pela multidão ele subiu com muito esforço em uma arvore. Talvez em seu coração não imaginasse nada além de ver quem era este homem da qual a fama havia corrido por todos os lugares. Certamente Zaqueu já tinha ouvido falar dos milagres, das maravilhas que o Senhor havia realizado.

Talvez Zaqueu não esperasse nada alem de ver o mestre, pois nesse objetivo é que ele se esforçou a subir na arvorem, mas grande foi a sua surpresa, pois o Mestre não apenas passou mas lhe dirigiu palavras, ou melhor fez um convite.
E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver, porque havia de passar por ali.
E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa. (Lc 19.4,5)

Quando Jesus olha para Zaqueu e lhe diz que convém pousar em sua casa estava não apenas fazendo um convite a Zaqueu, mas lhe concedendo a maior oportunidade de sua vida.
Na simbologia bíblica muitas vezes “casa” é associada a vida, neste caso o Senhor estava a dizer que lhe covinha pousar em sua casa, ou seja, estar; se fazer presente; permanecer na vida de Zaqueu.

Esta atitude do Senhor de se aproximar e se hospedar na casa de um homem pecador e desprezado pela sociedade fez com muitos murmurassem contra Ele, porém o Senhor não levou isto em consideração, pois visava a alma de Zaqueu, pois s mestre sabia que toda aquela multidão não tinha interesse realmente de saber quem era Jesus, para a multidão apenas um homem a qual lhe poderiam obter bênçãos materiais, mas Zaqueu era sincero na sua intenção, por isto mesmo que em certa ocasião o Senhor disse:
E Jesus, tendo ouvido isso, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores. (Mc 2.17)

Diante disto, com surpresa e alegria Zaqueu aceita a proposta do Senhor, a Palavra diz que Zaqueu desceu depressa da arvore e o recebeu com alegria.
Este mesmo convite tem sido feito a muitos anos, pois o Senhor convida o homem a salvação, no livro de apocalipse descreve bem isto:
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo. (Ap 3.20)

Já falamos em outra ocasião sobre o livre arbitrio, por isso o Senhor espera “bate na porta” esperando alguém abrir, para que assim entre em sua “casa”, a porta aqui é nosso coração, por meio do nosso coração o Senhor entra na nossa vida e a transforma.
Infelizmente muitos não abrem seu coração para receber Jesus, mas devemos fazer como Zaqueu “receber com alegria”.


III- Deus conhece meu nome
Certamente que uns dos aspectos que mais causou impressão em Zaqueu foi o fato de Jesus o chamar por nome, bem como toda a honra e receber o mestre em sua casa.
Zaqueu estava ciente da sua condição social diante dos homens, muitos o desprezavam por completo, multidão o havia impedido de ver Jesus.

Mas agora o Senhor o surpreende, pois alem de direcionar seu olhar para ele, o chama pelo seu nome, é claro que Jesus como Deus sabia d todas as coisas, mas Zaqueu não tinha uma compreensão exata de quem era Jesus. O gesto do Senhor para Zaqueu o sensibilizou de tal modo que sentiu a necessidade de mudar de vida.

Zaqueu antes rejeitado agora tinha uma grande honra, receber em seu lar uma importante visita, naqueles dias, além de toda a raiva e desprezo de seus compatriotas Zaqueu vivia o fato de que ninguém entrava na casa de um homem pecador, exceto seus pares.  Porém Jesus rompeu tudo isto, demonstrando a Zaqueu a importância de sua vida.
Deste mesmo modo Deus conhece a cada ser humano, Isaias escreveu assim:
Por amor de meu servo Jacó e de Israel, meu eleito, eu a ti te chamarei pelo teu nome; pus-te o teu sobrenome, ainda que não me conhecesses. ( Is 45.4)

O versículo acima descreve uma passagem a qual Deus chama um homem fazer realizar uma obra, porem este homem não sabe quem é Deus, porém era conhecido de Deus, o mesmo se deu com Zaqueu ele nunca havia visto Jesus, mas o Senhor Jesus já conhecia Zaqueu, sabia da sua intenção, da sua fé.



IV- A renuncia
Renunciar significa: Não querer; rejeitar, recusar, deixar voluntariamente a posse de: desistir de; abdicar, descrer de; abjurar, renegar, recusar, rejeitar, não fazer caso de; desprezar, desdenhar:
Podemos concluir que Zaqueu iniciou a sua renuncia desde o momento que se dispôs a subir na arvore, enfrentando assim todos os obstáculos. A sua alegria foi tanta ao receber o mestre que as suas decisões seriam outras; antes era um cobrador de impostos injusto a qual defraudava as pessoas, Zaqueu se arrependeu disto e prometeu restituir tudo quanto tinha ganhado fraudolosamente.

Além disto a renuncia maior de zaqueu estava no fato de não se pegar na riqueza e nem nos seus bens, a Palavra diz que ele era rico, mesmo assim resolveu no seu coração que iria doar a metade de tudo quanto tinha.
Este ato nobre de Zaqueu nos faz lembrar de uma outra pessoa que teve esta mesma oportunidade, porém não seguiu no mesmo caminho de Zaqueu.

Refiro-me ao mancebo rico, ele se julgava cumpridor dos mandamentos de Deus, a qual o Senhor testificou que ele de fato cumpria, porém lhe faltava uma coisa, ir vender seus bens e dar aos pobres e seguir a Jesus. A Palavra diz que o jovem saiu triste porque era muito rico.
É claro que Senhor não queria que aquele jovem viesse a ser tornar um pobre, o problema estava no fato de o coração do jovem estava posto nas suas riquezas.
É por isto que o Senhor quando ensinava o povo disse:
Porque onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração. (Lc 12.34)

O tesouro do jovem rico estava nas suas riquezas, por isso não aceitou o pedido do Senhor, mas este não foi o caso de Zaqueu, naquele momento o seu tesouro maior era o Salvador que tinha entrado em sua casa, por esta razão ele se desprendeu de sua riqueza e procurou de imediato ser um homem justo, corrigindo as suas falhas.
Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar as
 pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. (Lc 19.8)


Conclusão
Assim como o Senhor sabia da intenção e do nome de Zaqueu, sabia também que ele estava disposto a cumprir tudo quanto tinha dito, por esta razão foi categórico quando afirmou que a salvação havia vindo aquela casa.
Zaqueu havia se salvado, pois ele desde o principio não fez como as demais pessoas da multidão, mas procurou saber quem era Jesus, isto foi um ato de fé.

Que este mesmo sentimento possa sempre permanecer em nosso coração, devemos procurar saber quem é Jesus. O Senhor Jesus não é apenas um homem extraordinário, um profeta, mas sim Deus. É importante termos isto em mente.

Lembro que em certa ocasião o Senhor Jesus perguntou a seus discípulos:
 “Quem os homens dizem que eu sou?”
Alguns discípulos mencionaram os nomes as quais o povo pensava ser Jesus, por ultimo Pedro usado pelo Espírito Santo revela: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”
Se o Senhor perguntar a você a seus alunos; Quem sou Eu?  Como você responderia esta pergunta?   
Pense nisto, reflita com seus alunos! 
Que Deus os abençoe.



quarta-feira, 17 de julho de 2013

JESUS MORREU POR MIM

LIÇÃO 3 


Objetivos da lição
Após a aula seu aluno deve saber o real motivo pelo qual Jesus morreu. Estar consciente da importância do sacrifício de Cristo.

Texto Bíblico: Is 53.3,4
Rm 3.23, 5.7,8; Isaias 53.3,4
Era desprezado e o {ou rejeitado pelos homens} mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.

O profeta Isaias é conhecido com o profeta messiânico, ou seja, ele foi quem mais escreveu sobre a vinda do Messias, os testos acima Isaias descreve pela revelação divina todo o sofrimento que o Messias passaria.
No versículo 3 Isaias descreve a sua condição humana do Messias, como homem Ele teve uma vida comum de trabalhos e dores.
No versículo 4 Isaias descreve o seu trabalho espiritual, a qual não somente salvou a alma humana mas também levou consigo muitas conseqüências do pecado.

Romanos 3.23, 5.7,8
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus,
Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

No versículo 23 Paulo descreve a situação geral da humanidade, pois o pecado passou a todos os descendentes de Adão, o homem foi destituído, ou seja, perdeu a gloria de Deus que estava sobre a sua vida, ele perdeu a imagem e semelhança de Deus. Observe que quando Adão teve seu primeiro filho a Bíblia é clara:
E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e chamou o seu nome Sete. (Gn 5.3)

Os descendentes de Adão já não eram conforme a imagem e semelhança de Deus.
Nos versículos seguintes Paulo descreve que embora somos pecadores e nada fizemos para merecer o perdão de Deus, ao contrario, merecíamos a morte e condenação, porque a Palavra diz que o salário do pecado é a morte; Cristo se entregou para nos resgatar do pecado, nisto está o amor de Deus.

O interessante que muitas pessoas podem questionar:
Porque acabamos sendo condenados pelo erro de Adão, seria isto justo?
Mas também seria justo que todos fossem justificados se apenas um foi obediente (Jesus)?


Introdução
O Senhor Jesus Cristo morreu na cruz do calvário para nos salvar da condenação eterna proferida no jardim do Éden.
Podemos afirmar que estas 4 primeiras lições do trimestre são seqüências, pois todas estão ligadas entre si, de modo que o professor pode voltar a lição passada para que assim, esta a qual estudaremos agora, seja uma fiel continuação. Visto que o assunto do trimestre é o Plano da
Salvação seria aconselhável que os alunos estivessem conscientes de todos os passos e partes deste plano, temos a cada lição estudado uma parte deste plano.

Na lição de hoje estudaremos a razão da morte de Jesus, bem como a importância do seu sacrifício no plano da salvação. Podemos afirmar que para que compreendermos com exatidão o plano devemos conhecer bem as partes deste plano. A morte de Cristo e conseqüentemente a sua ressurreição é parte essencial do plano. Sem a morte de Cristo não haveria salvação. Por enquanto trataremos apenas da razão pela qual Ele morreu.

O plano da salvação embora anunciado no jardim do Éden por ocasião da sentença de Deus, não foi executado de imediato, Deus foi revelando através da historia e teve em Jesus o cumprimento total da promessa de redenção. Até o dia de hoje a razão pela qual Jesus morreu não é bem compreendida, até mesmo entre os cristãos pois não entendem como a salvação vem por meio de sua morte, foi exatamente assim que pensou Pedro, quando o Senhor anunciava que iria ser preso e morto Pedro persuadia Jesus para que não o permitisse. Portanto procuraremos nesta lição explicar os reais motivos da morte de Jesus.


Jesus morreu por mim
Inicialmente, temos de entender que não houve nenhuma outra razão pela qual Jesus tenha morrido que não seja o amor pelo ser humano, a promessa no jardim do éden era de que um
Salvador restabeleceria a comunhão do homem com Deus quebrada por causa do pecado.
Deus no seu infinito amor enviou seu filho para buscar o que se havia perdido.
Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido. (Lc 19.10)

Para que entendamos melhor temos de fazer uso da simbologia bíblica, através desta forma de linguagem compreendemos muitas realidades espirituais. No jardim do Éden alguns fatos ocorridos são símbolos que futuramente haveriam de se cumprir, alias o próprio Senhor em certa ocasião afirmou que veio para cumprir tudo quanto nas Escrituras estava escrito a seu respeito.

Desta forma a morte de Jesus já era algo previsto, não apenas pelo fato de que muitos profetas do Antigo Testamento haviam profetizado que Ele padeceria (Ex. Isaias) mas também porque no próprio jardim um fato aponta para o seu sacrifício. Observe o que Pedro escreveu:
Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, O qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós; (1 Pe 1.1820)

Nestes versículos o apostolo Pedro compara Cristo a um cordeiro sacrificado, no Antigo
Testamento os sacerdotes matavam um cordeiro e o ofereciam como sacrifício para perdão dos pecados do povo, isto era conforme a Lei de Moisés, isto porque a lei diz que sem derramamento de sangue não há perdão dos pecados.
E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. ( Hb 9.22)

A lei exigia assim por causa do ocorrido no jardim do Éden, ao ler o livro de Gênesis e vermos a historia seguinte a queda do homem compreendemos melhor. Quando Adão e Eva pecaram logo viram que estavam nus e se envergonharam de modo que se esconderam de Deus, depois para cobrir a sua nudez fizeram aventais de folhas de parreira, este ato é um símbolo da tentativa “humana” de cobrir o seu erro, mas como é conhecido a parreira não era algo adequado para vestimenta, por essa razão Deus providenciou algo bem melhor. Deus fez vestimenta (ou túnicas) de pele de um cordeiro. E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles e os vestiu. (Gn 3.21)

Este ato de Deus nos mostra que somente Deus pode providenciar um meio pelo qual o homem pode ter o seu erro (pecado) coberto. Neste ato um cordeiro teve de ser sacrificado, ou seja, seu sangue foi derramado, A Palavra afirma que Jesus foi conhecido como o cordeiro antes da fundação do mundo, esta passagem faz alusão a este cordeiro morto no jardim do Éden.
Alias João Batista ao ver Jesus afirmou: No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. ( Jo 1.29)


I. Dar a vida é um ato de amor
A morte de Cristo foi algo tão importante e influente no mundo que ate a historia foi dividida por este acontecimento, quando nós mencionamos a data de algum fato histórico sempre utilizamos a divisão a.C e d.C ,ou seja, antes de Cristo ou depois de Cristo.
Embora o mundo não entenda a razão pela qual Cristo morreu, alguns procuraram apenas saber quem foi o culpado por sua morte, alguns atribuem a Judas, outros aos judeus, outros ao pecado.
Mas todos supõem que sua vida foi tirada, algo que não é real, é bem verdade que houve agentes quer causaram sua morte física, mas o mais importante é saber que o Senhor morreu não por causa da vontade humana dos homens pecadores, mas Ele mesmo se entregou por nós.
Quando vieram lhe prender e Pedro tomou a iniciativa de o proteger o Senhor afirmou:
Ou pensas tu que eu não poderia, agora, orar a meu Pai e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos? (Mt 26.53)

O Senhor Jesus quando esteve na Terra, possuía as duas naturezas humana e divina, portanto Ele também é Deus, e por isso poderia se livrar de todos os seus inimigos. Mas Ele por seu imenso amor, não poupou a sua própria vida em favor dos pecadores.
Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. (Rm 5.8)

Este mesmo amor é manifestado a nós, ao qual o Senhor nos tem como amigos.
Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. (Jo 15.13)

O Senhor no seu amor e cuidado pelos discípulos se identificou como um pastor de ovelhas, na qual pelo cuidado das mesmas se desprender de tudo a fim de proteger as ovelhas.
Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai e dou a minha vida pelas ovelhas. (Jo 10.11,15)


II. Jesus pagou nossa divida
Jesus morreu Pelos Nossos Pecados. “Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Co 5.21).“Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído {ou quebrantado} pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados”. (Is 53.56).

Todas as pessoas falam e até mesmo os incrédulos sabem que Jesus morreu pelos nossos pecados. Mas não teremos revelação espiritual enquanto não soubermos por que foi necessária esta morte. Por que Deus exigiu a morte de seu único filho?
Para conhecermos o amor de Deus é necessário conhecer também sua santidade e justiça. Deus é perfeitamente santo e perfeitamente justo. Não pode suportar nem mesmo aquilo que para nós seria um “pequeno erro”. Sua santidade se ofende com qualquer forma de pecado e sua justiça exige punição (Rm 1.18 ). Assim é Deus. Ele é santo e justo. Se a exigência é assim tão grande, e se só um homem totalmente perfeito pode agradar a Deus, então quem poderá agradálo?
Quem poderia preencher tais condições? A resposta clara da Escritura é: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. (Rm 3.23). “Não há justo, nem sequer um ...” (Rm 3.10)

E qual a conseqüência disto? “... o salário do pecado é a morte...” (Rm 6.23).
Esta é a morte eterna, o castigo eterno. Quem está sujeito a este castigo? Toda a raça humana.
Quando o Espírito Santo nos convence do pecado, da justiça e do juízo, então entendemos como estamos mal diante de Deus e como é grande a nossa dívida para com Ele. Conhecemos a nossa culpa e perdemos a paz. Só então começamos a compreender porque Jesus morreu. Ele morreu para satisfazer a justiça de Deus e aplacar a sua ira. Nós merecemos ser castigados pelos nossos pecados, mas Jesus aceitou ser castigado em nosso lugar. Assim Deus satisfez sua justiça. Por isso Isaías diz que “. . . O Senhor agradou moê-lo” (Is 53.10)

Se nós somos culpados diante de Deus, como podemos ter paz com Ele? Só temos quando entendemos que Jesus pagou o nosso castigo: “. . . o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele” ( Is 53.6 ) . Jesus pagou a nossa dívida!

Vejamos abaixo um quadro completo do significado amplo da morte de Jesus:
Conseqüências do Pecado A morte de Jesus como solução
1.      O homem ofendeu a santidade de Deus e provocou a sua ira (Rm 1. 18)
2.      A morte de Jesus foi propiciatória (Rm 3.25; Hb 2.17; 1 Jo 2.2; 1 Jo 4.10), ou seja satisfez a justiça de Deus. (Não significa que a justiça de Deus foi eliminada, mas sim satisfeita)
3.      Por causa disso o homem está condenado ao castigo eterno. (Rm 6.23)
4.      A morte de Jesus foi um sacrifício (If 3.24 1:7). Isto quer dizer que sua morte foi substitutiva, Ele morreu por nós. (1 Pe 2.24;3:18) . Foi uma troca, o justo pelos injustos. Significa que o nosso castigo já foi pago
5.      A morte de Jesus foi redentora (Rm 3.24; Ef 1.7). Isto significa que Ele nos resgatou (Gl 3.13). Ele que não era escravo de Satanás, foi até o "mercado de escravos" e nos livrou (Hb 2.14,15), nos comprou pagando o preço do resgate: Seu precioso sangue. (At 20:28 Ap 5:9).
6.      O homem perdeu a comunhão com Deus e nãopôde mais se relacionarcom Ele. (Is 59:2)
7.      A morte de Jesus foi reconciliadora (2 Co 5.18,21; Cl 1.2122).

Reconciliar quer dizer “fazer a paz”. Quer dizer que afastadas as barreiras o homem pode novamente estabelecer relações com Deus. Como já houve propiciação, sacrifício, e redenção, agora Deus reaproxima o homem Dele e faz com que ele goze novamente de sua amizade.
Jesus pagou o preço. Jesus quitou a nossa dívida.
Jesus anulou a nota promissória que nos mantinha cativos. “E, quando vós estáveis mortos nos pecados e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz” (Cl 2.13,14).
Jesus mediou nosso acesso a Deus.

Jesus fez tudo. Se recebemos dons e somos usados por Deus para alguma obra, é porque Jesus pagou o preço. Se nos mantemos em pé, seguindo pelo caminho estreito, é porque Jesus pagou o preço. Se temos fé, se amamos, se pregamos, se oramos, se conquistamos vitórias, se alcançamos nosso próximo, se mantemos comunhão com Deus, se recebemos perdão, é porque Jesus pagou o preço.
E não foi barato nos dar tudo isso. Foi um alto preço. Custou a vida do Filho de Deus.
“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”. (1 Pe 1.18,19).


III. Aceitar ou rejeitar?
As Boas Novas, ou seja, o Evangelho é que um presente GRATUITO de Deus – a SALVAÇÃO.
Muitas pessoas não sabem que é um presente gratuito, ao contrário, pensam que só podem ganhar entrada no céu através de uma vida caridosa, ou de comparecer a Igreja aos domingos. Mas qualquer que seja nossa descendência, nacionalidade ou criação, que rituais e cerimônias tenhamos participado, não importa quão sinceramente vimos tentando viver uma vida pia e caridosa, o mesmo fato ainda permanece: estamos espiritualmente mortos.

Na verdade, nada nos faz certos perante Deus.
Somos moralmente corruptos. Somos culpados diante de Deus. Não temos o poder de salvar-nos a nós mesmo. Do jeito que somos não temos a mínima chance. Ao invés de nos fiarmos em adivinhações e naquilo que acreditamos que precisamos alcançar, a Palavra de Deus nos diz como podemos ter um relacionamento com Deus e viver uma vida de modo integral. Jesus nos diz na Bíblia que Ele veio para que tenhamos vida e vida com abundancia (Jo 10.10).

Para obtermos mais da vida, temos que levar em conta nossa resposta a Jesus Cristo.
Jesus reivindicou ao morrer em nosso lugar, que tem o direito de ter controle sobre nós. A sua morte na cruz e ressurreição três dias mais tarde provam que Ele tem o direito de ser o SENHOR de toda a criação. Nós fomos criados para estar com Ele, para amá-lo de todo coração, com toda nossa alma, nossa mente e nossa força.

Mas, muitos não querem que Jesus seja o chefe, o SENHOR de suas vidas. Querem ser LIVRES pra viver a vida como bem lhes aprouver. Porém, quando viramos as costas ao nosso Criador somos como um trem que saiu dos trilhos, sem nenhuma liberdade. Quando ‘saímos dos trilhos’ do nosso relacionamento com Deus, nossa vida passa a ser como uma roda girando na areia. Um dia esta condição se torna permanente.

Ao passar uma vida dizendo “Jesus, eu não te quero na minha vida”, no final, Deus nos deixa fazer do nosso jeito Ele nos dá uma eternidade LIVRE de sua influência e cuidado (o que significa ser cortado de tudo que é bom). É evidente que isso não é VIDA, de jeito nenhum é exatamente o oposto. Mas por causa de seu amor, Deus não quer que terminemos assim. Nós não podemos fazer nada para ganhar de volta nosso lugar no livro dos bons de Deus mas  a boa nova é que não temos que fazer mesmo nada. Deus mandou Jesus a este mundo, e Jesus viveu da maneira que nós deveríamos viver. Jesus veio para nos dar o único caminho pelo qual poderemos nos reunir com Deus. Sua morte inocente recebeu o castigo que nós merecemos por causa da nossa rejeição de Deus. Porque Jesus pagou o preço por nós, Ele nos oferece o presente gratuito do perdão e vida eterna.

Nós então, tanto podemos aceitar ou rejeitar este presente. Se rejeitarmos Jesus – eternamente viveremos uma vida sem Ele, uma vida sem amor, paz e tudo o mais que faz sentido. Não tomar nenhuma decisão é permanecer no caminho que nos levará a este destino.
Para tomar a decisão de aceitar Jesus em nossa vida e ganhar eternidade com Ele, teremos que fazer uma escolha permanente de nos voltarmos para Deus, e deixar que Jesus seja nosso Deus.
Necessitamos confiar no Seu perdão. Necessitamos agradecer a Jesus por nos ter reunido de novo com Deus, nosso Pai, e ter nos mostrado a maneira de realmente ter mais na vida, tanto neste mundo como no próximo!

O presente GRATUITO de Deus é a oferta de vida eterna através de Jesus Cristo, seu Filho; é o perdão e liberdade da morte espiritual.
É seguir a Jesus como meu Líder e Resgatador, é confiar Nele, é obedecer a Ele na sua vida, ou seja em seu cotidiano como seu Deus e Senhor. Então o que decidirá? Vida Eterna, ou uma eternidade de solidão espiritual – sem Deus, sem paz.


Conclusão
A Bíblia nos fala com autoridade acerca da eternidade, porque é a Palavra de Deus.
É a suprema regra de fé e prática porque é fidedigna e inspirada por Deus.
Através da Bíblia, Deus nos dá a revelação de Si mesmo e da redenção, sendo tudo patenteado na vida, nos ensinamentos e na Obra Salvadora de Jesus Cristo.
As Escrituras revelam a mente de Cristo e ensinam o significado de seu Senhorio. Na sua singular e una revelação da vontade divina para humanidade, a Bíblia é a autoridade final que atrai as pessoas a Cristo e as guia em todas as questões de fé cristã e dever moral.

Todo ser humano deve decidir entre a vida e a morte – a vida de alegria ou o castigo eterno.
Deve ter em si a responsabilidade de estudar a Bíblia, com a mente aberta e com atitude reverente, procurando o significado de sua mensagem através de pesquisa e oração, orientando a vida debaixo de sua disciplina e instrução.
Lendo- a seremos sábios, vivendo seus ensinos seremos salvos.
Deus vos abençoe.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

JESUS NOS APROXIMA DE DEUS

LIÇÃO 2 


Objetivos da lição:
Levar o aluno a reconhecer a necessidade de aproximar se de Cristo. E ter consciência de que deve ser um cristão obediente.

Texto em estudo: João 14.17,11
Não se turbe o vosso coração;credes em Deus, crede também em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas;se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho.
Disse lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho?
Disse lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai;e já desde agora o conheceis e o tendes visto. Crede me que estou no Pai, e o Pai, em mim;crede me, ao menos, por causa das mesmas obras.

As palavras de Jesus indicam que o caminho para a vida eterna, ainda que não seja visível é seguro, pois Ele já preparou este caminho, o que é incerto é a nossa prontidão em crer em sua promessa.
Devemos aguardar a vida eterna com expectativa porque Cristo prometeu a todos que nele crêem, embora os detalhes da eternidade não serem bem conhecidos, o Senhor está preparando tudo a fim de estarmos pra sempre ao seu lado.

Quanto ao caminho que nos leva a Deus, não podemos saber se não for por meio de Jesus, porque Ele é o caminho, Ele faz a ligação da nossa vida a Deus. Além de ser o caminho é o único, pois é seguro, verdadeiro e suficiente. Por fim, nos convida a crer em suas palavras, mesmo que seja por meio de suas obras, certa ocasião o Senhor afirmou, que por meio sua própria doutrina saberiam se ela é de Deus ou não.


INTRODUÇÃO
Jesus Cristo é o nosso caminho de volta a Deus, por meio dele temos comunhão com o Pai, Ele promove a reconciliação e aproximação de Deus.
Na lição anterior, como introdução do trimestre, discorremos acerca do pecado, qual a sua origem, como ele entrou no mundo e passou aos homens;tudo isto estudamos tendo em vista o tema do trimestre, ou seja, o Plano da Salvação.

Na lição 2 daremos prosseguimento ao tema, porém abordando a participação de Cristo no plano da salvação. Pois ao principio temos de entender que como pecadores estamos afastados ou separados de Deus, e que nenhum de nós pode por seus próprios meios inverter esta situação.
É mediante a obra redentora de Cristo que temos condições espirituais de nos aproximar novamente de Deus, afim de restaurar a comunhão com Ele. Pois Deus deseja que o homem se chegue a Ele:
Anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos;quem fez ouvir isso desde a antiguidade?
Quem, desde então, o anunciou? Porventura, não sou eu, o Senhor? E não há outro Deus senão eu;Deus justo e Salvador, não há fora de mim. (Is 45.21)


I. O HOMEM SEM DEUS
No livro de Gênesis nós vemos como havia harmonia entre Deus e o homem, Deus o havia criado conforme a sua imagem e semelhança, com todas as características morais e espirituais. Seu estado era perfeito, pois o homem refletia o caráter de Deus.

Entre muitas faculdades, ao homem foi dada a sociabilidade, ou seja, o homem seria um ser social que se relacionaria com seu próximo, não viveria isolado, e Deus dava exemplo disto mediante a comunhão diária que tinha com o homem, pois durante a viração do dia Deus vinha para dialogar com o homem.

Mas infelizmente o pecado entrou no mundo por causa da desobediência do homem, e a sua conseqüência foram trágicas. Recordemos que na lição passada afirmamos que Deus havia dado a ordem de não comerem do fruto da árvore da ciência do bem e do mal sob o risco de morrerem, eles comeram induzidos pelo diabo, porém não morreram de imediato, isto foi porque a morte a qual Deus se referia era a morte espiritual, a qual representa “separação”. Foi exatamente esta a primeira conseqüência do pecado o afastamento de Deus.
E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia;e escondeuse
Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. (Gn 3.8)

Neste versículo notamos de imediato a mudança de comportamento do homem, eles ao pecarem se afastaram de Deus: “escondeu se da presença do Senhor”
Certamente não era da vontade do Senhor que isto acontecesse, é claro que Deus já sabia pela sua
Onisciência o que havia acontecido, mas mesmo assim foi ao encontro do homem, no mesmo local porém não encontrou o homem na posição que o havia deixado.

Deus procura pelo homem no jardim, mas este se esconde da presença de Deus, após ouvir a voz de Deus alega que se escondeu por que estava nu. Diante disto tudo foi esclarecido, pois Deus o chama para dialogar, mediante a resposta de Adão, Deus lhe pergunta quem o havia mostrado que estava nu? Se ele havia comido da arvore a qual havia ordenado que não comesse. Adão logo declara a sua situação, diante disto Deus sentenciou Adão e sua mulher por causa do seu pecado.
O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra, de que fora tomado. (Gn 3.23)

Assim o homem morreu espiritualmente, ou seja, separou de Deus, no jardim eles tinham comunhão todos os dias, agora expulso do jardim estava afastado de Deus, pois estudamos na lição passada como o pecado nos separa de Deus. Aqui a separação também foi literal pois eles passariam a viver só no mundo.
E, havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida. (Gn 3.24)

Este versículo revela que além de serem expulsos do jardim não havia um meio pelo qual pudessem retornar ao jardim, pois Deus os impediu porque no jardim havia também uma arvore da vida, se o homem comesse dela viveria eternamente, mas em pecado. Por isso mesmo Deus sentenciou o homem a morte física;ao afirmar que o homem do pó havia sido tomado e ao pó tornaria;estava assim determinando que o homem morreria fisicamente.

Em resumo a situação do homem era lamentável, pecou, morreu espiritualmente, expulso do jardim trabalharia para seu próprio sustento até sua morte. Com a morte física estava condenado eternamente, separado de seu Criador.

II. JESUS O MEDIADOR
Deus não havia criado o homem para a condenação, mas sim para comunhão com Ele, mas por causa da sua justiça a sua lei deveria ser cumprida, e esta foi devidamente executada na vida de
Adão e Eva. Porem sabemos que Deus também é amor, conforme o apostolo João afirmou.
Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é caridade. (ou o amor) (1 Jo 4.8)

Por isso não permitiria que sua obra prima fosse destinada a separação eterna, mas usou de misericórdia para com o homem, pois embora tenha executado uma sentença sobre eles fez também uma promessa;de que enviaria “um” que restauraria o homem a sua posição original.
Na mesma ocasião em que Deus procurou o homem no jardim do Éden e o sentenciou, também fez conhecer a sua promessa.
E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente;esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gn 3.15)

Este versículo é um pouco difícil de entender porque há muita simbologia, mas aqui Deus sentencia a serpente, neste caso, não o animal irracional, mas o diabo. A semente da mulher refere se aquele que viria e feriria a cabeça da serpente, ou seja, desfaria a obra do diabo. Esta é a promessa do Salvador, Jesus Cristo, lembramos que o significado da palavra Cristo é o “enviado”

Assim, sendo o homem contaminado pelo pecado não poderia por seus próprios meios retornar a ter comunhão com Deus, pois seu estado pecaminoso o separa do Deus, por esta razão ele necessitava de alguém que o auxilia se, que mediasse uma conciliação.
É bem verdade que o homem pecador não busca esta conciliação porque uma das características do pecado em fugir da presença de Deus, por isso Deus toma essa iniciativa propondo um Salvador, ou seja, um mediador que fizesse essa reconciliação. Deus iria se reconciliar com o homem por meio de seu mediador Jesus Cristo.
Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens,
Jesus Cristo, homem, (1 Tm 2.5)

O dicionário define o termo reconciliar como: Estabelecer a paz, restituir à graça de Deus, pôr de acordo, (coisas que parecem opostas), congraçar, harmonizar: Assim vemos que Deus pretendia se reconciliar com o homem, desta forma prometeu que enviaria um salvador, a qual restauraria o homem a sua posição original e o livra se da condenação eterna. Portanto o mediador Jesus conduziria o homem de volta a Deus.
E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, (2 Co 5.18)

A vós também, que noutro tempo éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora, contudo, vos reconciliou. (Cl 1.21)


III. MAIS PRÓXIMO DE DEUS
No evangelho de João nós encontramos o que chamamos de texto áureo do Evangelho, o que todo cristão deve conhecer decorado João 3.16:
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Assim como a sua justiça foi eficaz no inicio o seu amor também o é nestes últimos tempos, pois foi pelo seu amor ao homem que Deus providenciou um meio maravilhoso para trazer de volta o homem a sua presença. A partir do momento que aceitamos o Senhor como Salvador de nossa vida Ele nos reconcilia com Deus, por meio do perdão de nossos pecados, de imediato podemos ir ate a presença de Deus, conforme escreveu o escritor aos hebreus.
Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. (Hb 4.16)

Além de já desfrutamos o direito de chegarmos a Deus, Ele pretende aproximar-se ainda mais, pois quando afirma que deseja que não perecemos mas tenhamos a vida eterna, esta vida se refere a estar literalmente na sua presença. Por ocasião do arrebatamento da Igreja, onde estaremos pra sempre ao lado do Senhor. Esta mesma foi uma das promessas de Jesus:
E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também. ( Jo 14.3)

Quando aceitamos esta reconciliação passamos a ser filhos de Deus, portando podemos entender que o pai sempre quer ter seus filhos próximo a si, assim sendo o arrebatamento da Igreja é o ápice do propósito divino, retornar a comunhão plena e eterna com o homem.


CONCLUSÃO
Concluímos nossa lição 2, esta que foi uma breve seqüência da lição anterior a qual pudemos extrair uma serie de estudos.
  Deus ama o homem que criou
  Por seu infinito amor prometeu um Salvador
  Jesus Cristo é este Salvador prometido
  Jesus foi constituído o mediador
  Por meio de Jesus Deus se reconciliou com o homem
  Deus deseja estar mais próximo do homem

A mensagem principal desta aula pé o amor de Deus, pois Ele foi justo ao sentenciar o homem por seu erro, mas ao mesmo tempo se propôs a reconciliação, mesmo o homem não ser merecedor. Nisto nós vemos o grande significado da misericórdia e graça de Deus. Misericórdia: Quando Deus não dá o que merecemos;merecíamos a morte, a condenação

Graça: Quando Deus dá o que não merecemos, não merecemos a sua misericórdia e amor
Na próxima lição estaremos estudando um novo ponto no plano da salvação, vimos até aqui que o pecado nos separou de Deus, temos a necessidade de um mediador, na lição 3 veremos a obra deste mediador em nosso favor.